sexta-feira, 15 de abril de 2016

Vacina contra H1N1 – Nova formulação de 2016

A Doença H1N1A vacina contra H1N1 já existe desde 2009 quando houve uma pandemia de gripe H1N1, deixando a população em situação de alerta, e causando uma mobilização dos profissionais de saúde na rápida elaboração da vacina para combater a gripe.
Os sintomas causados pela gripe são febre, mal estar intenso, dores musculares de início súbito, podendo causar tosse, dor de garganta, coriza e dor de cabeça. Além disso, em algumas situações, a gripe pode levar a complicações como pneumonias virais e bacterianas.

Quais são as cepas inativadas presentes na vacina?
São três tipos de cepas de vírus em combinação: um vírus similar ao vírus influenza A/California/7/2009 (H1N1) pdm09, um vírus similar ao vírus influenza A/Hong Kong/4801/2014 (H3N2), e um vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008.
  • Trivalente: A (H1N1); A (H3N2); Influenza B do subtipo Brisbane
  • Tetra ou Quadrivalente: A (H1N1); A (H3N2); 2 vírus Influenza B, que são os subtipos Brisbane e Phuket.



Como age a vacina contra o H1N1?

A vacina é uma suspensão aquosa de vírus influenza composta por diferentes cepas de Myxovirus influenzae inativados, cuja composição e concentração de antígenos são atualizadas a cada ano, em função de dados epidemiológicos, segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (O.M.S).
Sua administração é feita via injeção intramuscular, preparada a partir de vírus influenza propagada em ovos embrionados, que age estimulando o organismo a produzir sua própria proteção contra a gripe. Seu efeito aparece duas ou três semanas após a injeção e tem duração de seis meses a um ano.

A ordem de prioridade para vacinação é de:
1. Trabalhadores dos serviços de saúde públicos e privados envolvidos na resposta à pandemia;
2. Gestantes;
3. População indígena;
4. População com comorbidade crônica.
5. Crianças saudáveis maiores de seis meses a menores de dois anos de vida;
6. Adultos saudáveis dos 20 a 39 anos completos


Quais as possíveis interações medicamentosas da vacina H1 N1?
·        Pode ocorrer efeito adverso se administração de duas vacinas forem realizadas em partes iguais do corpo.
·        O uso de terapia imunossupressora (medicamentos que levam a alterações do sistema imunológico), como corticosteroides, drogas citotóxicas e radioterapia podem atrapalhar o efeito esperado da vacina.
·        A vacina influenza pode interferir na resposta a alguns testes laboratoriais para vírus, como HIV-1, vírus da hepatite C e HTLV-1.

Reações adversas da H1N1
  Podem ocorrer reações na pele que podem se espalhar pelo corpo incluindo prurido e urticária, dor nos nervos, convulsões febris, desordens neurológicas que podem resultar em confusão, dormência, dor e fraqueza nos membros ou paralisia de parte do corpo e síndrome de Guillain-Barré (doença rara que acomete os nervos periféricos levando a alterações da força dos músculos e das sensações no local acometido), diminuição temporária da quantidade de plaquetas, que estão envolvidas no processo de coagulação do sangue e inchaço temporário das glândulas no pescoço, axilas ou virilha.
Em casos raros, reações alérgicas podem levar o paciente ao atendimento médico de emergência por queda súbita de pressão, inchaço mais aparente na cabeça e pescoço, incluindo rosto, lábios, língua, garganta ou qualquer outra parte do corpo, inflamação dos vasos sanguíneos que pode levar a erupções na pele e a envolvimento renal transitório.


Precauções:
·      É recomendada a vacinação anual com a vacina atualizada porque a imunidade declina durante o ano após a vacinação, e porque as cepas circulantes de vírus influenza mudam de um ano para o outro.
·        Não se deve tomar a vacina, alérgicos a proteína do ovo, uma vez que esta é produzida por técnicas que utilizam o ovo para cultivo.
·        E pessoas que já passaram por complicações nas vacinas anteriores de H1N1, ou apresentaram sintomas da Síndrome de Guilan-Barré após a injeção.
·        Medidas simples como lavagem das mãos e o uso de álcool 70% são eficazes contra a contaminação e disseminação da doença viral.


Em caso de  reações adversas,
NOTIFIQUE!!!
Link: http://www.unifal-mg.edu.br/cefal/?q=notificacao


Fontes de Pesquisa:

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância em Sanitária. 

BRASIL. Sanofi Pasteur SA. Vacina influenza (fragmentada e inativada). Disponível: <http://www.sanofipasteur.com.br/ckfinder/userfiles/files/Vaxigrip-2012-mono-paciente-aprovada.pdf> Acesso em 15 de abril de 2016.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anvisa define composição da vacina influenza para 2016.
Disponívelem <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu++noticias+anos/2015/ANVISA+define+composicao+da+vacina+influenza+para+2016>. Acesso em 15 de abril de 2016.














segunda-feira, 11 de abril de 2016

Estudo dirigido 7 - Propranolol



Função: Anti-hipertensivo que atua nos receptores- beta do Sistema Nervoso simpático.



Mas afinal, o que é hipertensão?
A hipertensão geralmente é uma doença crônica que acomete todos os tipos de pessoas, mas consideravelmente pessoas que têm hábitos de vida sedentários, com alimentação rica em gorduras, açúcar e sódio, que não praticam exercício físico e têm excesso de peso, tendo como conseqüência uma deficiência no controle homeostático do organismo, afetando coração, rins, vasos e cérebro.
A doença é conseqüência de um aumento da força exercida pelo sangue na parede dos vasos. Pelo atrito a essa parede, que é fina, são causadas lesões que geram um enrijecimento destas e diminuição da luz tubular para a passagem da quantidade de sangue eficaz.
A hipertensão tem como característica um aumento da pressão sistólica com parâmetros acima de 14 por 9. A alta pressão exercida e a menor luz tubular, ao longo dos anos, podem levar ao rompimento da parede dos vasos, causando um acidente vascular encefálico (AVE) ou um infarto agudo do miocárdio.

A hipertensão é de fato uma doença silenciosa e traiçoeira que quando não detectada e controlada pode gerar os quadros citados acima em fases muito avançadas, além do comprometimento das funções dos órgãos do indivíduo. Os sintomas quase não são reconhecidos pelo paciente, mas alguns podem sentir dores de cabeça, no peito e tonturas como um sinal de alerta.


Propanolol: Indicação e mecanismo de ação
O propanolol é um fármaco anti-hipertensivo indicado para o tratamento e prevenção do infarto do miocárdio, da angina, de arritmias cardíacas, enxaqueca, e controle da ansiedade. Pode ser utilizado associado ou não a outros medicamentos para o tratamento da hipertensão agindo como bloqueador de receptores beta-adrenérgicos presentes no sistema nervoso simpático.
Sua ação como anti-hipertensivo é muito importante visto que a hipertensão quando não tratada leva a um quadro de derrames, infartos do miocárdio, acidente vascular encefálico e outros problemas relacionados ao sistema cardiovascular.
O propanolol age bloqueando receptores beta-adrenérgicos e os efeitos agonistas dos neurotransmissores simpáticos sobre os receptores beta-1 e beta-2. O mecanismo anti-hipertensivo é complexo e envolve diminuição do débito cardíaco, redução da secreção de renina, readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. São eficazes como monoterapia, tendo sido comprovada sua eficácia na redução de problemas cardiovasculares.


Quais são os problemas de se usar propanolol e quais são seus efeitos adversos?

Em pacientes asmáticos, com enfisema pulmonar, alergia, e bronquite, esse bloqueador beta adrenérgico não seletivo pode agir também em outros receptores como no pulmão fazendo a broncoespasmo e impedindo a ação da epinefrina que faz broncodilatação. Em pacientes diabéticos pode ocorrer o tratamento concomitante com hipoglicemiante e o propanolol. Essa administração dos dois medicamentos simultaneamente pode causar hipoglicemia exarcebada e ainda pode haver mascaramento de taquicardia nesses pacientes, pelo propanolol. O propanolol pode diminuir a biotransformação hepática e aumentar a toxicidade da lidocaína, impedir a taquicardia produzida pelo diazóxido, e pode gerar hipotensão. Cimetidina e reserpina aumentam o efeito betabloqueador, por reduzir sua depuração e inibir sua biotransformação e pelo efeito aditivo respectivamente. Medicamentos simpatominéticos com atividade beta-adrenérgica podem causar inibição mútua dos efeitos terapêuticos. Analgésicos antiinflamatórios não esteroides, especialmente indometacina, podem reduzir seus efeitos anti-hipertensivos. E o álcool etílico reduz a velocidade de absorção do Propranolol.

Reações adversas
As reações adversas que mais ocorrem são depressão mental leve, bradicardia, diminuição da capacidade sexual, diarréia e tonturas. Em alguns casos podem aparecer frieza nas mãos e pés por circulação periférica diminuída, confusão (especialmente em idosos), alucinações, erupção cutânea, ansiedade ou nervosismo, constipação, piora da insuficiência cardíaca. Raramente ocorre miastenia grave que é a perda de força dos músculos e hipoglicemia por uso concomitante com outro hipoglicemiante.
A interrupção abrupta do tratamento pode intensificar sintomas de hipertireoidismo, além de poder levar a quadros de infarto, acidente vascular encefálico, e outras doenças cardiovasculares, por isso deve ser retirado aos poucos, diminuindo gradativamente as dosagens quando pertinente.

Como controlar a pressão?
Além do uso do medicamento, é necessário que o paciente tenha um acompanhamento médico constante e faça a avaliação dos valores de pressão arterial, prática exercícios físicos, alimentação balanceada com pouco sódio e gorduras, não fume e evite o consumo de álcool.



Notifique!!



Fontes Bibliográficas

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária- Anvisa. Bulário Eltrônico. Propanolol. Disponível em <http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmResultado.asp#>. Acesso em: 11 de abril de 2016.


BRASIL. Sociedade Brasileira de Hipertensão. Hipertensão. Disponível em : <http://www.sbh.org.br/geral/oque-e-hipertensao.asp> Acesso: 11 de abril de 2016.


BRASIL. Departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil.. Propanolol. Disponível em: <http://hiperdia.datasus.gov.br/medicamentosdesc.asp?med=propranolol>. Acesso em: 11 de abril de 2016.