terça-feira, 25 de agosto de 2015

Sensor brasileiro detecta leucemia a partir de substância tirada da jaca

O novo sistema é semelhante ao usado por diabéticos para medir o nível de glicemia e consegue, a partir de uma amostra de sangue, encontrar as células anormais do sangue que representam a leucemia

Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos (a 232 km de São Paulo) desenvolveram um dispositivo eletrônico que facilita o diagnóstico da leucemia. O sensor utiliza uma substância presente na jaca para detectar, em até uma hora, se o paciente é portador do câncer. Atualmente, o diagnóstico pode demorar até três semanas. O novo sistema é semelhante ao usado por diabéticos para medir o nível de glicemia e consegue, a partir de uma amostra de sangue, encontrar as células anormais do sangue que representam a leucemia.
O sensor desenvolvido é feito a partir de uma nanopartícula de ouro revestida com jacalina, substância extraída da semente da jaca e que tem a capacidade de se ligar aos açúcares produzidos pelas células leucêmicas. Quando essa ligação é feita, o dispositivo faz com que as células cancerosas brilhem, permitindo o diagnóstico.
"Deixamos essas amostras em contato com a proteína, enxaguamos e centrifugamos as células. Depois, analisamos os materiais em um microscópio de fluorescência. Se na imagem da interação entre a amostra e a nanopartícula houver luz fluorescente, significa que há célula cancerosa", explica o professor Valtencir Zucolotto, responsável pela pesquisa.
Esse sistema de detecção, composto pela nanopartícula de ouro e da jacalina, é preso a uma fita, onde será colocado o sangue a ser analisado. De acordo com a detecção, ou não, da leucemia, o sistema gera uma resposta elétrica, que é então transformada em uma informação visual indicando o resultado do teste.
A principal vantagem, segundo o professor, é que o sistema é de baixo custo e portátil, o que pode fazer com que seja utilizado em ambulatórios. Hoje, os testes clínicos são realizados apenas em laboratórios e, em determinados casos, podem ultrapassar o valor de R$ 1 mil, valor que cairia "consideravelmente", segundo o professor, que preferiu não citar quanto custaria esse novo exame
Segundo o professor, a rapidez na detecção pode significar a diferença entre a vida e a morte de pessoas com leucemia. "Alguns tipos de leucemia avançam muito rapidamente, e o estrago que faz em uma semana é imenso. Se nós criarmos estratégias para que o teste seja mais rápido e barato, poderemos salvar vidas", avaliou.
Sensor para leucemia funciona com substância proveniente da jaca (Foto: Ely Venâncio/EPTV)
Zucolotto informa ainda que o sistema pode ser utilizado para identificar mais tipos de câncer. "Estamos pesquisando para determinar em quais outros tipos de câncer esse sistema pode ser utilizado com eficácia", disse.

O professor informou ainda que irá realizar novos testes clínicos, em um número maior de pacientes, e que está buscando a parceria de empresas para o desenvolvimento comercial do produto. "Ainda não há nada concreto, mas acreditamos que essa seja uma tecnologia que possa chegar ao mercado em até dois anos", disse.

sábado, 22 de agosto de 2015

Agência dos EUA aprova primeiro 'Viagra' feminino

Aguardado com ansiedade, o primeiro remédio para aumentar a libido das mulheres foi aprovado pela FDA (Food and Drug Administration, ou a Anvisa americana). Mas como funciona o "viagra feminino"?

Diferentemente da versão masculina, que aumenta o fluxo sanguíneo na região genital, a droga, conhecida como Flibanserin e comercializada sob o nome de Addyi, atua diretamente sobre o sistema nervoso central das mulheres. Versões anteriores da pílula já haviam sido submetidas à aprovação da FDA, mas não obtiveram sinal verde para serem comercializadas. Segundo a agência, elas foram rejeitadas por falta de eficácia e por seus efeitos colaterais, como náusea, tonturas e desmaios.

A FDA alerta que a versão aprovada também pode causar danos à saúde, especialmente para quem tem problemas de fígado, ou se tomada com outros medicamentos, tais como alguns tipos de esteroides. Além disso, a combinação com álcool pode ser explosiva, explica Leonore Tiefer, professora da Escola de Medicina da Universidade de Nova York.

"O álcool é o mais sério de todos (os riscos), porque essa é uma droga que afeta o sistema nervoso central. O medicamento tem um efeito sedativo, as pessoas desmaiaram mesmo sem tomar álcool. Mas o álcool parece piorar esse problema." Outros especialistas são mais otimistas em relação ao novo remédio.
"A aprovação desse medicamento abre a porta para o desenvolvimento de outros produtos, para outras opções de tratamento. Isso abre a discussão entre a mulher e o clínico sobre o desejo sexual dela e dá um sinal às farmacêuticas que elas devem continuar desenvolvendo mais drogas como essa no futuro", afirmou Leah Millheiser, da Universidade de Stanford.

O primeiro "Viagra" feminino é destinado às mulheres na pré-menopausa que sofrem de falta de desejo sexual. 

(AP)

A agência, que tinha rejeitado o medicamento em duas oportunidades, em 2010 e 2013, acabou seguindo as recomendações formuladas em junho passado por um comitê consultivo de especialistas a favor de sua comercialização.

Uma equipe de especialistas pediu à agência que aprovasse o fármaco ainda que exclusivamente sob prescrição médica e com medidas adicionais para o controle dos riscos. O medicamento é um agente não hormonal, que atua nos neurotransmissores do cérebro para tratar uma condição conhecida como transtorno do desejo sexual hipoativo, isto é, perda do interesse sexual.

Mas pode produzir efeitos colaterais importantes, como náuseas, sonolência, queda da pressão arterial e desmaios. De fato, entre a longa lista de contraindicações do medicamento, está a séria advertência para não tomar a pílula com álcool. Entre os efeitos secundários está a hipotensão e até possíveis desmaios. A própria Administração de Alimentos e Remédios (FDA na sigla em inglês), que deu na terça-feira o sinal verde ao Addyi, frisou a importância de que tanto pacientes como médicos – não pode ser adquirido sem receita– “compreendam totalmente os riscos associados” ao seu uso.


Segundo documentos disponíveis no site da FDA na internet sobre um teste clínico, as mulheres que fizeram uso do flibanserin disseram ter tido, em média, 4,4 experiências sexuais satisfatórias em um mês contra 3,7 no grupo que consumiu placebo e 2,7 antes de iniciado o estudo.

Fontes:

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/08/19/ciencia/1440010069_657370.html
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150819_viagra_feminino_como_funciona_lgb

Cientistas desenvolveram um exame que fica pronto em até duas horas e detecta se a infecção foi causada por vírus ou bactéria

Cientistas desenvolveram um novo exame sanguíneo capaz de detectar, em até duas horas, se uma infecção é causada por vírus ou bactéria.

De acordo com os pesquisadores, atualmente o diagnóstico clínico destas infecções é impreciso e os exames laboratoriais são demorados, levando ao mal uso de antibióticos. Feito em parceria com a empresa israelense MeMed, o estudo foi publicado na terça-feira, na edição online do periódico Plos One.

Teste sanguíneo: novo exame ajuda a prever quais os riscos de calcificação em pacientes com problemas renais

Conheça a pesquisa
A Novel Host-Proteome Signature for Distinguishing between Acute Bacterial and Viral Infections

Resultado
Um exame de sangue realizado em laboratório conseguiu detectar, em até duas horas, se uma infecção foi causada por vírus ou bactériaPara desenvolver o exame, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de mais de 1 000 pacientes. 
Inicialmente, eles procuraram identificar proteínas do sistema imune cuja produção é desencadeada exclusivamente por vírus ou bactérias. Em seguida, foram desenvolvidos marcadores, utilizados no novo exame de sangue, que identificam estas proteínas e detectam com precisão as causas da infecção. Este exame é realizado em laboratório, mas os cientistas já estão trabalhando em uma forma de transformá-lo em um dispositivo portátil.
Embora os resultados da pesquisa tenham mostrado que o novo exame acertou na maioria dos diagnósticos, a MeMed afirma que o teste não dispensa a avaliação clínica de um médico nem outros exames de apoio. No entanto, para os cientistas, a rapidez deste método pode ajudar a evitar o uso inapropriado de antibióticos e melhorar a rapidez e prescrição de um tratamento adequado.
O uso excessivo de antibióticos é uma preocupação para médicos e para a Organização Mundial da Saúde (OMS), pois a prática contribui para a disseminação da resistência ao medicamento. De acordo com um relatório da instituição divulgado no ano passado, essa condição é uma ameaça global à saúde pública. Por outro lado, a demora na prescrição de antibióticos para tratar infecções bacterianas coloca em risco os pacientes e aumenta os custos no tratamento.

FONTE: REVISTA VEJA

TANYX: Primeiro dispositivo médico para o alívio da dor sem medicamento

Tanyx® é um novo dispositivo médico que chega ao mercado com a proposta de mudar a forma de tratar as dores que acometem mais de 60 milhões de brasileiros, segundo dados da SBD (Sociedade Brasileira da DOR). Sem a ingestão de analgésicos, contraindicações e efeitos colaterais, o aparelho autoaplicável e descartável foi desenvolvido a partir da tecnologia TENS (Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation) ou neuroestimulação elétrica transcutânea.


A tecnologia TENS, quando devidamente ajustada na frequência correta e aplicada sobre a pele pode controlar o mecanismo da dor, interrompendo a sua transmissão ao cérebro. Além do efeito analgésico, após a aplicação ocorre o aumento da liberação das endorfinas responsáveis pela redução da dor, ocasionando relaxamento muscular e diminuição da sensibilidade no local. Com isso, a consequente redução ou eliminação da sensação dolorosa.
Essa técnica amplamente utilizada em todo mundo estava restrita aos profissionais da saúde pela dificuldade no manuseio dos aparelhos TENS, mesmo os vendidos ao consumidor final, e alto custo do tratamento, devido ao valor dos dispositivos.
A grande inovação criada pelo empreendedor brasileiro Moacyr Bighetti presidente da Medecell do Brasil é o desenvolvimento de um produto portátil, disponível em farmácias e drogarias sem prescrição médica e regulado especialmente para o alívio da dor.


"Ele é o primeiro e único dispositivo do mercado brasileiro e mundial, que já chega ao paciente regulado para analgesia, sem necessidade de ajustes, livre de fios e de fácil manuseio, além de ser anatômico e discreto, permitindo o uso durante qualquer atividade e até mesmo ao dormir", ressalta Bighetti.
Usar Tanyx® elimina a necessidade de ingestão de analgésicos, reduzindo o consumo excessivo de drogas e melhorando a qualidade de vida de milhões de pessoas. Essa é uma nova opção para substituir fármacos para o controle de dores crônicas, tais como dores musculares e articulares, dismenorreias (cólicas menstruais), bem como algumas dores agudas.


A eficácia e segurança de Tanyx® já foram amplamente comprovadas após estudos clínicos no exterior e no Brasil (Hospital das Clínicas – USP – Ribeirão Preto), além de receber aprovação da ANVISA e FDA (Food and Drug Administration) e seguir as normas técnicas internacionais, com o selo da CE (Comunidade Européia).

Fontes: 
https://www.tanyx.com.br/#aplicacao
http://www.netfarma.com.br/produto/21908/aparelho-tanyx-para-alivio-da-dor