sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A obesidade e o câncer: afinal há relação entre eles?

O Câncer e obesidade são duas das principais epidemias globais da atualidade. Quando se encontram num mesmo indivíduo, os efeitos são nocivos: a obesidade é o segundo maior fator de risco evitável para o câncer, perdendo apenas para o tabagismo, e a mortalidade do câncer é maior na população obesa.


A obesidade, definida como um índice de massa corporal (IMC) maior do que 30 Kg/m2 (peso dividido pelo quadrado da altura) é hoje o maior problema de saúde pública nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Esta epidemia afeta as pessoas de todas as idades, níveis socioeconômicos e raças. Levantamento realizado pelo Ministério da Saúde entre 2002 e 2005 mostra que 40% da população brasileira têm excesso de peso. Este número é o dobro do verificado em 1974. Ao mesmo tempo, 37% da população são insuficientemente ativa ou sedentária. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade está correlacionada ao aumento não só do risco de diabetes, doenças cardiovasculares (infarto e derrame) e de gordura no fígado (esteatose hepática), mas também do risco de câncer de cólon, rins, vesícula, esôfago, pâncreas e mama (neste último caso, sobretudo entre mulheres na menopausa). Obesidade tem sido estimada causar 20% de todos os cânceres (Wolin e cols., 2010). Nos Estados Unidos, o sobrepeso e a obesidade estão ligados a 14% das mortes de câncer entre homens. Este número sobe para 20% entre as mulheres (Deslypere e cols.,1995).
O ganho de peso também é associado com o risco de câncer. Homens que ganharam ≥21 kg após os 20 anos de idade tiveram um risco aumentado de 60% na incidência de câncer colo retal comparado com aqueles que ganharam apenas 1-5 kg (Campbell e cols., 2007). Uma meta-análise de estudos epidemiológicos prospectivos demonstrou que um aumento de 5kg/m2 no IMC está relacionado com um aumento de quase 50% na incidência de câncer de esôfago, endométrio, vesícula biliar e mama (Renehan e cols., 2008). Houve também uma significativa associação direta com outros tipos de câncer como de pâncreas, tireóide, linfoma não Hodkin, leucemia e mieloma (medula óssea) (Renehan e cols., 2008). Além disto, evidências emergentes sugerem um papel da obesidade na agressividade do câncer de próstata (Freedland e cols., 2007). Nos EUA, mais de meio milhão de pessoas morrem de câncer a cada ano e esta doença se tornou a causa principal de mortalidade ao redor dos 85 anos (Siegel e cols., 2011).
As pessoas geralmente associam o câncer ao histórico familiar, o que gera certa inércia em relação à adoção de hábitos saudáveis. É necessário conscientizar sobre a responsabilidade de cada um na prevenção do câncer, através do controle do sobrepeso e de outros fatores de risco. A prevenção e a detecção precoce podem reduzir a mortalidade de câncer em até 50% (Wolin e cols., 2010).
O excesso de gordura corporal parece ser o vilão. As células de gordura são ativas na produção hormonal (principalmente estrógeno) e de fatores de crescimento, características que contribuem para acelerar a divisão e a reprodução celular. E, quanto mais células se duplicam, maiores as chances de alguma replicação ser inadequada, originando uma célula maligna. A partir daí, estes hormônios adicionais levam a uma rápida reprodução das células cancerígenas. Qualquer tipo de obesidade é preocupante, mas aquela onde a gordura localiza-se na região abdominal é considerada a mais perigosa e com maior índice na probabilidade de desencadear câncer devido ao acúmulo de gordura sobre os órgãos da região do abdômen causando maior produção hormônios inflamatória e maior elevação nos níveis de estrógeno e resistência insulínica (fatores sabidamente associados ao risco de câncer) (Wolin e cols., 2010).

A atividade física é uma das melhores maneiras de prevenção, pois, diminui o tempo de transito intestinal, contribui para o metabolismo dos alimentos e para a saúde corporal como um todo, diminuindo o potencial cancerígeno. Estima-se que o estilo de vida sedentário seja associado com 5% das causas de morte por câncer (Kushi e cols., 2012). Para pessoas que não fumam, exercício é um dos mais importantes fatores de risco modificáveis (junto com controle do peso e alimentação saudável) (Kushi e cols., 2012). Em japoneses, a atividade física foi associada com uma diminuição do risco de câncer de cólon, fígado, pâncreas e de estômago (Inoue e cols., 2008). Vários mecanismos têm sido propostos para explicar o possível efeito protetor da atividade física: redução nos níveis circulantes de insulina, estrógeno e outros fatores de crescimento, impacto nas prostaglandinas (redução da inflamação nos tecidos), melhora na função imune e no metabolismo alterado dos ácidos biliares (Kushi e cols., 2012).

Entendendo o câncer


O ciclo básico de vida de uma célula é se multiplicar quando necessário e morrer quando se torna velha ou quando sofre alguma lesão na sua estrutura. As nossas células são programadas para se autodestruírem em caso de alteração da sua conformação original, principalmente se houver lesão no DNA (código genético da célula, que determina suas características), não passível de reparo. Esta autodestruição se chama apoptose. Este mecanismo evita que lesões no DNA possam ser perpetuadas através da multiplicação de células anômalas.
Lesões celulares ocorrem diariamente em nosso organismo e são amplificadas pelo cigarro, radiação e produtos químicos, todas as substâncias com alto potencial de lesão do DNA (carcinógenos). Só o cigarro possui mais de 4000 substâncias comprovadamente carcinogêneas. Graças a apoptose, não desenvolvemos câncer a todo momento.
O processo de multiplicação celular e apoptose são controlados por um grupo de genes chamado de protooncogenes. São os genes supressores de tumor. O câncer começa a surgir quando ocorrem mutações nesses protooncogenes, fazendo com que suas funções sejam abolidas. Os genes alterados passam a se chamar oncogenes, e em vez de impedir a formação de tumores, passam a estimulá-los. A partir desse momento as células com alterações estruturais não só conseguem se multiplicar, como estão protegidas da apoptose. Portanto, são células se proliferam rapidamente e não morrem. Estas são as células cancerígenas.

Câncer - como surgem as metástases

As células cancerígenas além de se multiplicarem, conseguem produzir seus próprios vasos sanguíneos, o que permite a elas receberem nutrientes e formarem as massas de células, chamadas de tumores. Essas células também possuem de alcançarem a circulação sanguínea e viajarem pelo corpo. Quanto mais lesão tiver sofrido o DNA da célula, mais diferente ela será da célula que lhe deu origem. E se ela é diferente, não consegue despenhar as funções vitais que a original exerce. Então, passamos a ter um quadro onde células que não desempenham nenhuma função se multiplicam de modo muito mais rápido que o normal e passam não só a competir por alimento, como invadem e tomam o lugar das células normais.


Entendendo a obesidade


A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo excessivo de calorias na alimentação, superior ao valor usado pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia. Ou seja: a obesidade acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente. Como a obesidade é provocada por uma ingestão de energia que supera o gasto do organismo, a forma mais simples de tratamento é a adoção de um estilo de vida mais saudável, com menor ingestão de calorias e aumento das atividades físicas. Essa mudança não só provoca redução de peso e reversão da obesidade, como facilita a manutenção do quadro saudável.


A utilização de medicamentos contribui de forma modesta e temporária no caso da obesidade, e nunca devem ser usados como única forma de tratamento. Boas partes das substâncias usadas atuam no cérebro e podem provocar reações adversas graves, como: nervosismo, insônia, aumento da pressão sanguínea, batimentos cardíacos acelerados, boca seca e intestino preso. Um dos riscos mais preocupantes dos remédios para obesidade é o de se tornar dependente. Por isso, o tratamento medicamentoso da obesidade deve ser acompanhado com rigor e restrito a alguns tipos de pacientes.
Cirurgia bariátrica: Pessoas com obesidade mórbida e comorbidades, como diabetes e hipertensão, podem optar por fazer a cirurgia de redução de estômago para controlar o peso e sair da obesidade. 



Fontes utilizadas:
Informação, diagnóstico e prevenção do câncer - Dra Stella Sala Soares Lima
http://www.cancerinfo.com.br/artigo/a-obesidade-como-fator-de-risco-para-cancer.html
Obesidade
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/obesidade
MD. Saúde: Um blog médico para pacientes
http://www.mdsaude.com/2009/02/cancer-cancro-sintomas.html





segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Depressão


Esvaziamento, angústia, tristeza, aperto no coração, sofrimento sem fim. Há quem perca o chão, a fé e até a vontade de viver. Comer, dormir, sair de casa, levantar da cama, nada faz sentido. 
Um quarto escuro pode ser o maior conforto. Quem sente ou sentiram na pele os sintomas de uma depressão entende bem os relatos. Aqueles que não passaram pelo problema apenas imaginam e alguns pensam se tratar de fraqueza ou frescura. A morte do ator Robin Williams, que tirou a própria vida possivelmente acometido por quadro depressivo, reacendeu as discussões sobre a enfermidade.
Estima-se que a doença, cercada de estigmas e preconceitos, atinja cerca de 30% da população. De cada três pessoas, pelo menos uma teve, tem ou terá algum episódio depressivo durante a vida, segundo a Associação Mineira de Psiquiatria. Tratamentos incluem remédios e terapia.



 “O preconceito faz com que se interprete como se fosse frescura. Não é”, enfatiza o psiquiatra Maurício Leão, presidente da Associação Mineira de Psiquiatria. A enfermidade pode ocorrer em qualquer fase da vida, mas é mais diagnosticada entre adultos, mais comum em mulheres e tem base orgânica e biológica, sendo, às vezes, genética e hereditária. “Quando não tratada,’ emburrece’, pois as pessoas tendem a ter o comprometimento das funções cognitivas e começam a se sentir, literalmente, burras, efeito que diminui o funcionamento das funções psíquicas superiores. Além disso, engorda, por causa do aumento de cortisol, hormônio ligado ao metabolismo, e mata”, afirma Leão. 

O médico destaca que a doença enfrenta três dificuldades: identificá-la, aceitá-la e lutar contra o preconceito. Comumente confundida com tristeza, o psiquiatra esclarece: “É diferente de tristeza. Depressão é doença, enquanto a outra é um estado psíquico, emocional, ligado à história de vida e a eventos desagradáveis na vida de uma pessoa”. Para identificá-la, é preciso estar atento aos sinais que se manifestam nas esferas psicológica, biológica, comportamental e afetiva.

Tratamento

Mas médicos avisam que é possível – e desejável – cuidar do paciente sem que ele deixe de realizar tarefas e de levar sua vida normalmente. Medicamentos, psicoterapia e hábitos saudáveis de vida ajudam na cura e na prevenção de novos episódios. “Um dos mitos é que remédio psiquiátrico faz mal e causa dependência. Antidepressivos não produzem dependência, os tratamentos é que são longos”, afirma Maurício Leão. Os tratamentos são de no mínimo um ano e a maior parte dos medicamentos leva até dois meses para fazer efeito.

Efeitos colaterais são bem tolerados pelo organismo e os remédios não deixam o paciente paralisado, como alerta o psiquiatra Rodrigo Mendes D’Angelis, professor de psicoterapia humanista da Universidade Fumec. Ele explica que a psicoterapia também é indicada. “Os sintomas afetam a dinâmica e a rotina do paciente e, por isso, a psicoterapia é necessária com uma frequência considerável. Ela ajuda no controle de outros componentes, como a desilusão que os sintomas trazem.” A terapia ajuda a expor as angústias e evitar a pior das consequências. “Essa escuta ajuda a pessoa a não se restringir àquele mundo de sombras”, diz D’Angelis.


CAMINHO DA RECUPERAÇÃO

Pacientes relatam melhora com remédios e ajuda profissional e médicos alertam que preconceito por parte de parentes e amigos dificulta o tratamento


A perda repentina do irmão, amigo de todas as horas e referência familiar, deixou a professora C., de 57 anos, sem chão. Há dois anos, ela se viu em estado de desorientação total, sem o controle da própria vida, de horários, dos estudos. De uma hora para outra, ela entrara num túnel escuro e ele não tinha saída. Tentava ajuda das pessoas, mas não via solução. Estava sempre mergulhada numa tristeza profunda, sem esperança nem perspectivas. Pouco tempo depois, começou a sentir, fisicamente, a sensação de que “o coração estava enorme, havia triplicado de tamanho e não cabia mais no tórax”. “Essa é a sensação real da angústia, no mais alto grau. Quanto mais eu respirava, mais meu coração crescia e forçava meu corpo. Entrei em pânico. Lutava diariamente contra essa sensação horrível e no fim do dia eu estava exausta por tentar combatê-la”, conta.

Hoje, C. se cobra por ter tentado durante muito tempo resolver o problema sozinha. Procurou ajuda médica influenciada pelo filho, um psicólogo de 32 anos, que notou as alterações na mulher antes sensata, organizada e de pés no chão. As aulas de inglês, marcadas pelas gargalhadas, brincadeiras e piadas, deram lugar à tristeza, à amargura e à seriedade. A professora começou terapia com uma psicóloga, que a indicou ao psiquiatra, dada a gravidade do caso e a necessidade de medicamentos. Foi preciso parar de trabalhar por alguns dias, até a retomada gradual das atividades. Há quase dois anos, ela toma os mesmos remédios, sem alteração de quantidade e dosagem. “Me tiraram do fundo do poço”, relata. “As pessoas têm respostas diferentes. Umas só ficam deitadas, outras só choram, e eu tive essa reação forte de não ter direção, não ter um referencial de vida”, relata.
“Às vezes, ouço alcóolatras e drogados falarem que estão na lama e sei o que é isso. Estive atolada até o nariz. Consegui colocá-lo para fora, mas ainda dói muito. Paro, lembro, choro, mas não passa disso”, afirma. Por experiência própria, C. alerta que medicamento, sozinho, não faz milagre. “Ajuda 60%. O contato com o médico, que passa a ser seu amigo, é imprescindível. Ele vai te orientar no momento de confusão, de loucura, te dar a mão, te conduzir e mostrar as opções disponíveis.”

Incompreensão..


O preconceito ela também sentiu na pele, daqueles que pensam ser a depressão própria dos ociosos – ela trabalha de manhã até o fim da noite, na escola de idiomas da qual é dona. Não foram raras as vezes em que ouviu “conselhos” de que para melhorar bastava fazer uma faxina ou lavar roupa. “O depressivo que passa por crise forte é como um alcoólatra: tenta viver um dia de cada vez. Hoje, vou tentar ter um dia legal, ser mais generosa comigo, gostar mais de mim. O que quero é, no fim do dia, ver que consegui segurar a barra sozinha, pois antes eu não conseguia.”

O psiquiatra Maurício Leão, presidente da Associação Mineira de Psiquiatria, explica que, assim como ocorreu com a professora, um sintoma de depressão é quando o doente sente que não corresponde a exigências da sociedade, como autossuficiência, valorização do sucesso, determinação, pragmatismo e alegria. “Num primeiro momento, o doente tenta lutar contra isso até por acreditar que força de vontade seja suficiente. Mas, aos poucos, constata que não. E percebe que é raro ter a liberdade de comentar sobre o problema com pessoas mais íntimas”, diz Leão.

“Há um fator dificultador quando mesmo pessoas próximas começam a dizer ao paciente que é bobagem, que é preciso sair de casa, trabalhar menos, praticar mais esporte. Como o depressivo está com a vontade comprometida, não tem ânimo de fazer essas atividades.” Sem estímulo dos mais próximos para buscar ajuda, o rompimento com o preconceito acaba ocorrendo, muitas vezes, pelo próprio doente, que chega no limite do insuportável.

Parede A mineira D., de 37 anos, também está em tratamento. Recentemente, ela conta ter começado a enxergar “problemas muito maiores do que realmente eram”, até perceber que nada estava normal. Depois de começar tratamento, mudou a visão em relação ao presente e ao futuro. “A depressão põe uma parede e a impressão é de não haver saída. E a verdade não é essa”, diz.

Antes de buscar tratamento, ela teve estresse, dissabores no trabalho e sensações ruins que vinham repentinamente. “É uma colisão de vários problemas ao mesmo tempo em que desencadeia o processo. E se você está sozinha, não enxerga a depressão. Começa a cair num buraco e, se não tiver a família ou alguém que se importe com você para ajudar, é difícil sair desse quadro”, conta. “O melhor da depressão é perceber que você está nela. Estresse é normal e as coisas são difíceis. Se puser a culpa na vida e uma carga pesada nisso, fica difícil. Conseguir enxergar além do muro à sua volta é fundamental.” 




AJUDA DA FAMÍLIA É FUNDAMENTAL

Especialistas alertam que o suporte familiar é componente fundamental de cura da depressão, assim como o apoio de amigos e colegas de trabalho. “Essas pessoas têm papel essencial, mas não para responsabilizar, e sim como suporte. Às vezes, os parentes se sentem angustiados, culpados, e algumas questões familiares vêm à tona a partir daquele quadro clínico”, diz o psiquiatra Rodrigo Mendes D’Angelis, professor de psicoterapia humanista da Universidade Fumec. “É importante se concentrar no problema para o restabelecimento do paciente”, acrescenta. Segundo ele, medo e insegurança são normais, mas os parentes devem ser orientados a lidar com esses sentimentos para ajudar no tratamento e não permitir espaço para culpa e preocupação, evitando assim que a doença tome conta de todo o núcleo familiar.

A abordagem com o paciente e a indicação de que ele precisa de tratamento também deve ser cautelosa. “O depressivo está tão esvaziado que não se opõe tanto, embora apresente um negativismo em relação à ideia”, relata o médico. Ele sugere, antes de optar pela terapia forçada, autorizada em caso de risco iminente para a pessoa (físico ou de vida), opções como visita domiciliar de profissionais na tentativa de uma abordagem gradativa ou o contato dos familiares com o médico para serem orientados. “Quando o paciente começa a tomar o medicamento, a melhora do humor facilita o contato.”

O extremo é perder a vontade de viver. “As ideias de morte vêm para sair de situação angustiante e conflitante, mais do que o desejo propriamente de morrer. Mas há quadros depressivos em que a falta de perspectiva e a angústia são tamanhas que a pessoa deseja a morte, porque a vida está insuportável”, afirma D’Angelis. O psiquiatra diz que uma em cada 20 pessoas é acometida por episódio depressivo moderado ou grave. A literatura psiquiátrica afirma que até 15% de deprimidos graves se suicidam. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1 milhão de pessoas por ano tiram a própria vida acometidas pela doença, que é hoje a principal causa de afastamento do trabalho e de suicídio – em deprimidos, a incidência é sete vezes maior do que na população em geral. “Não pode ficar só no quadro familiar, a depressão deve ter atenção de toda a sociedade”, destaca Rodrigo D’Angelis.

Ele lembra que na vida moderna há componentes como estresse, falta de tempo e cobranças que são gatilhos para a ansiedade e sintomas para a depressão. Por isso, hábitos saudáveis são imprescindíveis na prevenção e no controle da enfermidade. Durante a prática de exercícios físicos, o organismo produz antidepressivo natural – a serotonina. “A depressão é séria e não podemos banalizá-la.” 



INTERNAÇÕES NO SUS SOBEM 14,7%

Os diagnósticos de depressão têm aumentado nos últimos anos, segundo profissionais, impulsionado, possivelmente, por dois fatores: o ritmo de vida moderno tem gerando mais doentes e, por outro lado, número maior de afetados procura ajuda. As secretarias de Estado e Municipal de Saúde não sabem informar quantos são os pacientes diagnosticados com depressão atendidos nas respectivas redes. Médicos são unânimes: quanto mais cedo se procura ajuda médica, maiores são as chances de cura.

De acordo com o Ministério da Saúde, de 2003 a 2013, houve aumento de 14,7% no número de internações no Sistema Público de Saúde (SUS) por depressão no país. A quantidade de pessoas que ocuparam os leitos hospitalares saltou de 53.700 para 61.604 em uma década. A internação é indicada para pacientes em estágio tão avançado da doença que não conseguem se alimentar, sair da cama, aceitar medicamento ou têm a vida em risco.

O clínico-geral Geraldo Carvalhaes, especializado em dores crônicas e em atendimento a pacientes com depressão, concorda que a incidência da doença é alta, mas alerta que, muitas vezes, é má diagnosticada pelos médicos e interpretada de forma errada pela família do doente. Segundo ele, grande parte dos clínicos não faz diagnóstico da depressão e não há número suficiente de psiquiatras no país para atender a demanda. “Além de não haver formação adequada, a medicina hoje é corrida, com atendimentos de 10 a 15 minutos. Para se fazer um diagnóstico de depressão, são necessárias até três consultas de pelo menos uma hora”, diz.





Fonte: Saúde Plena -  http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/08/17/noticia_saudeplena,149891/confundida-com-tristeza-depressao-atinge-30-da-populacao-brasileira.shtml

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Hepatites virais - B e C

As hepatites virais mais comuns são a B e a C, ambas transmitidas pelo sangue.




Como o vírus ataca o nosso organismo?


Quais são as formas de transmissão?

A alteração no fígado causada pelo vírus deixa a pele da pessoa amarelada, sendo um sinal que evidencia a hepatite.



FIQUE SABENDO!!!
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domingo, 17 de agosto de 2014

OMS aprova uso de medicamentos experimentais para Ebola

ebola
LONDRES/GENEBRA (Reuters) - É ético oferecer vacinas e medicamentos não comprovados a pessoas infectadas ou com risco de contágio pelo surto de Ebola na África Ocidental, decidiu um painel de especialistas em ética médica da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira, alertando, porém, que o fornecimento será limitado.
O painel disse que qualquer provisão de medicamentos experimentais contra o Ebola exigirá “consentimento informado, liberdade de escolha, confidencialidade, respeito à pessoa, preservação da dignidade e envolvimento da comunidade”. As drogas também devem ser testadas propriamente nos melhores testes clínicos possíveis, disse o painel da OMS. 
A epidemia do vírus Ebola na África Ocidental - a maior e mais mortal até agora-- matou pelo menos 1.013 das mais de 1.848 pessoas infectadas em Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria. A OMS declarou uma emergência internacional de saúde. 
“Surtos de Ebola podem ser contidos utilizando intervenções disponíveis como detecção em estágio inicial e isolamento, com rastreamento e monitoramento, e adesão de procedimentos rigorosos de controle de infecção”, disse o painel. “No entanto, um tratamento específico ou vacina seria um ativo potente para conter o vírus."

O comitê de ética reuniu-se para discutir se as várias drogas e vacinas experimentais sendo desenvolvidas contra o Ebola podem ser utilizadas para conter o surto, apesar de não terem sido totalmente testadas ou licenciadas. 
“Diversas intervenções passaram pelas fases laboratoriais e de estudo em animais de desenvolvimento”, disse o comitê em um comunicado emitido pela OMS. 
Segundo a nota, os primeiros testes em humanos serão conduzidos nos próximos dois a quatro meses, mas a OMS alertou que, mesmo após isso, caso os testes sejam bem-sucedidos, o abastecimento desses medicamentos seria limitado.
“É... provável que o número de doses disponíveis para mais estudo e/ou desenvolvimento a partir do fim de 2014 permaneça insuficiente para atender a demanda”, disse o comunicado. 


A reunião de ética foi convocada após a droga experimental ZMapp, feita pela companhia norte-americana de biotecnologia Mapp Biopharmaceutical, ter sido dada a dois trabalhadores humanitários norte-americanos infectados pelo Ebola na Libéria. A escassa droga experimental, a qual, segundo uma porta-voz da OMS, apenas 12 doses foram produzidas, deveriam ser aplicadas a dois médicos liberianos após autoridades dos EUA terem aprovado sua exportação, de acordo o ministério da Informação de Monróvia. Esta seria a primeira vez que o tratamento seria utilizado em africanos.   Um padre espanhol de 75 anos que também recebeu o ZMpp morreu. Ele contraiu Ebola na Libéria. 
“Nas circunstâncias particulares deste surto, e dado que certas condições sejam cumpridas, o painel chegou ao consenso de que é ético oferecer intervenções não testadas de eficácia desconhecida e efeitos adversos, como potencial tratamento ou prevenção”, disse o comunicado do painel. 
Não há tratamento licenciado ou vacinas para o Ebola. Assim como a ZMapp, diversas outras companhias de biotecnologia e equipes de pesquisa têm trabalhado em potenciais drogas.
Normalmente levaria anos para movimentar tal vacina por três fases de testes clínicos, mas alguns representantes do setor sugeriram que procedimentos de emergência podem ser efetuados para que o tratamento seja disponibilizado em 2015, presumindo que funcione na fase de teste. 


Bibliografia utilizada: 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Anti-hipertensivos - Classe dos diuréticos


Relembrando
Diuréticos

Conceito: São substâncias que aumentam a velocidade de formação da urina. Aumentam a excreção de eletrólitos (especialmente íons sódio e cloreto) e água, a partir do corpo. Com isto, diminuem o volume dos fluidos corporais. Usados no tratamento de condições edematosas (ex: insuficiência cardíaca congestiva, síndrome nefrótica, doenças do fígado crônicas) e controle da hipertensão. Também: hipercalcemia (excesso de cálcio), diabetes insipidus, hiperaldosteronismo primário e glaucoma.
Alvo dos diuréticos: rim (É composto néfrons, que são as unidades funcionais do rim ~ 1 milhão em cada rim)

Entendendo a fisiologia renal





Função dos rins

Excreção de produtos de degradação (uréia, ácido úrico, creatinina)
Balanço hidro-eletrolítico
Equilíbrio ácido-base
Regulação da pressão arterial


Excreção de metabólitos e substâncias estranhas




Glomérulo: filtração do sangue.
Aproximadamente 1200 mL de sangue passam por minuto através dos dois rins e chega ao néfron pelas arteríolas aferentes (CHEGADA). Cerca de 20% do sangue que chega ao glomérulo é filtrado para a cápsula de Bowman. A velocidade de filtração glomerular é de 125 mL/minuto).

Túbulo contorcido proximal: reabsorção de glicose, fosfato, sódio, bicarbonato, aminoácidos, água, etc. Ocorre a formação de bicarbonato pela enzima anidrase carbônica (presente nas células tubulares proximais):


Alça de Henle: reabsorção principalmente de água (parte descendente), e no final (parte ascendente), sódio, potássio e cloreto (sistema co-transportador Na+/K+/2 Cl-).

Túbulo contorcido distal: ação de hormônios (aldosterona), levando a retenção de sódio, cloreto e água e aumenta a excreção de potássio e H+.



No final, são excretados cerca de 2% do filtrado glomerular (urina).


CLASSE DE DIURÉTICOS


Os diuréticos exercem ação anti-hipertensiva mediante diminuição da volemia (diminuição do volume sanguíneo). Promovem a excreção de sódio e potássio, diminuindo assim a osmolaridade plasmática com consequente diminuição do volume plasmático. Os diuréticos podem ser classificados de acordo com os efeitos predominantes em diferentes pontos do néfron. Cada categoria, em função de intensidade de efeito diurético e das propriedades farmacocinéticas, é usada preferencialmente em determinadas patologias. Os diuréticos de alça, tiazídicos e poupadores de potássio são utilizados no tratamento da hipertensão.


Diuréticos osmóticos (Manitol (I.V.), uréia (I.V.), glicerina (V.O.), isossorbida (V.O.) – São fármacos relativamente inertes).  
Criam pressão osmótica, formando um complexo com a água e impedem sua reabsorção no interior do túbulo.

Diuréticos inibidores da anidrase carbônica (túbulo contornado proximal): acetalozamida, diclorfenamida, metazolamida e brinzolamida. São usados no tratamento de glaucoma e não mais como diuréticos.

Diuréticos de alça (alça ascendente de Henle): furosemida, bumetanida, ácido etacrínico, torasemida, piretanida.
São os mais utilizados e os mais potentes.
Atuam ao inibir o co-transportador Na+/K+/2Cl- na alça ascendente espessa, resultando em aumento acentuado da excreção de sódio e cloro, indiretamente de Ca e Mg e com a queda de concentração de solutos no interstício medular diminui a reabsorção de água no túbulo coletor, aumentando a sua eliminação. A eliminação de sódio e água aumenta a eliminação de K+ e H+, processo acelerado pela aldosterona. 
Interação medicamentosa:
• Digitálicos aumenta arritmias
• Probenicida e AINES: diminui resposta diurética
• Tiazídicos: sinergismo
• Altera ligações às proteínas plasmáticas

Diuréticos Tiazídicos (porção proximal do túbulo distal): os mais empregados são a Hidroclorotiazida, Clortalidona, Indapamida.
Ação diurética moderada (são mais seguros). Seu mecanismo de ação é inibir a ação do íon transportador Na+CL- no túbulo distal com aumento de eliminação de Na+, Cl-, K+ e água.
Interações Medicamentosas:
*Reduzem os efeitos: Anticoagulantes, Insulina.
*Aumentam os efeitos: Glicosídeos digitálicos, Diuréticos de alça.
*AINEs reduzem seu efeito diurético


Diuréticos poupadores do potássio

Esses são os diuréticos que não promovem a secreção de potássio pela urina. Desta forma, o potássio não é perdido tanto quanto com o uso de outros diuréticos. São diuréticos que eliminam sódio e água, porém poupam o potássio. Agem inibindo os canais condutores de sódio no túbulo coletor (inibem a reabsorção de Na+ e diminuem a excreção de K+, mas possuem ação diurética limitada), como a amilorida e triantereno ou bloqueando a aldosterona (compete pelos receptores intracelulares de aldosterona e possui inicio de ação lenta), como a espironolactona.

ASSIM..

O mecanismo de ação anti-hipertensiva dos diuréticos relaciona-se inicialmente aos seus efeitos diurético e natriurético (eliminação de líquidos e sal pela urina). Posteriormente, após cerca de 4 a 6 semanas, o volume circulante de líquidos praticamente se normaliza e há redução persistente da resistência dos vasos sanguíneos.
Como anti-hipertensivos são preferidos os diuréticos tiazídicos e similares, em baixas doses (hidroclortiazida 12,5 mg/dia ou 25 mg/dia). Os diuréticos de alça (furosemida) são reservados para situações de hipertensão arterial associada à insuficiência renal e na insuficiência cardíaca com retenção de líquidos.
Os diuréticos poupadores de potássio (espironolactona) apresentam pequena eficácia diurética, mas, quando associados aos tiazídicos e aos diuréticos, são úteis na prevenção e no tratamento de hipopotassemia (queda do potássio).

Reações adversas principais dos diuréticos: hipopotassemia (queda dos níveis de potássio, por vezes acompanhada da queda dos níveis de magnésio, que pode induzir arritmias cardíacas ventriculares) e hiperuricemia (elevação do ácido úrico no sangue).
O emprego de baixas doses diminui o risco de efeitos adversos, sem prejuízo da eficácia anti-hipertensiva. Os diuréticos também podem provocar intolerância à glicose (aumentar os níveis de glicemia - característico dos tiazídicos), além de promoverem aumento dos triglicerídeos, em geral, dependente da dose e de duração do tratamento.

E a aldosterona, citada ao longo do estudo? Qual sua função?


A Aldosterona é um hormônio do grupo dos esteróides, produzido nas glândulas suprarrenais, cuja capacidade mineralocorticoide o torna o principal controlador da absorção/excreção de sódio e potássio, atuando na regulação dos fluídos corpóreos. Sua ação diminui a excreção de sódio e aumenta a excreção de potássio pelos rins, sudorese e saliva. Em cada tecido alvo, incluído o intestino grosso e os tubos coletores do córtex renal, a Aldosterona liga-se a receptores mineralocorticoides. A regulação homeostática do sódio e potássio é obtida um complexo conjunto de hormônios, que atuam por ciclos de realimentação/retroalimentação. 


Referências bibliográficas utilizadas

Farmacologia dos diuréticos: 
http://www.uff.br/farmacobasica-mfl/sites/default/files/12_diureticos_ds.pdf
Clínica médica cardiologia - Medicamentos anti-hipertensivos:
http://www.cfcp.com.br/a/index.asp?n=35793&lg=pt
Anotações em farmacologia e farmácia clínica
http://farmacolog.dominiotemporario.com/doc/cap_5_-_Farmacos_antihipertensivos.pdf
Diuréticos
http://sociedades.cardiol.br/socerj/area-cientifica/diureticos.asp




quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Hipertensão e os anti-hipertensivos

Primeiramente vamos entender o que é a HIPERTENSÃO

A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. É uma síndrome metabólica geralmente acompanhada por outras alterações, como obesidade. Cerca de 20% da população brasileira é portadora de hipertensão, sendo que 50% da população com obesidade tem a doença. A hipertensão pode acontecer quando nossas artérias sofrem algum tipo de resistência, perdendo a capacidade de contrair e dilatar, ou então quando o volume se torna muito alto, exigindo uma velocidade maior para circular. Hoje, a hipertensão é a principal causa de morte no mundo, pois pode favorecer uma série de outras doenças.
Quando o seu coração bate, ele contrai e bombeia sangue pelas artérias para o resto do seu corpo. Esta força cria uma pressão sobre as artérias. Isso é chamado de pressão arterial sistólica, cujo valor normal é 120 mmHg (milímetro de mercúrio). Uma pressão arterial sistólica de 140 ou mais é considerada hipertensão. Há também a pressão arterial diastólica, que indica a pressão nas artérias quando o coração está em repouso, entre uma batida e outra. Um número normal de pressão arterial diastólica é inferior a 80, sendo que igual ou superior a 90 é considerada hipertensão.
A hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos. Em uma minoria, a hipertensão pode ser causada por uma doença relacionada, como distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas, como a suprarrenal. Entretanto, há vários outros fatores que influenciam os níveis de pressão arterial, como fumo, estresse, obesidade, grande consumo de sal, diabetes, entre outros. Além desses fatores de risco, sabe-se que a incidência da hipertensão aumenta com a idade. Com o passar do tempo nossas artérias começam a ficar envelhecidas, calcificadas, perdendo a capacidade de dilatar - são chamados de vasos menos complacentes. Com isso a hipertensão arterial é mais fácil de acontecer - cerca de 70% dos adultos acima dos 50 ou 60 anos possuem a doença.

Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal. 


E como prevenir?


 E o tratamento?

A hipertensão não tem cura, mas tem tratamento para ser controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente, que depende das comorbidades e medidas da pressão. É importante ressaltar que o tratamento para hipertensão nem sempre significa o uso de medicamentos - mas se estes forem indicados, ela deve aderir ao tratamento e continuar a tomá-lo mesmo que esteja se sentindo bem. Mas mesmo para quem faz uso de medicação é imprescindível adotar um estilo de vida saudável


TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

O uso de medicamentos na hipertensão arterial deve ser instituído de forma imediata em hipertensos graves ou naqueles que apresentam fatores de risco cardiovascular (tabagismo, diabete, obesidade, dislipidemias) ou ainda, nos pacientes que apresentam evidências de lesões em órgãos alvo da hipertensão arterial (hipertrofia ventricular esquerda no ecocardiograma ou infarto do miocárdio prévio).
Atualmente há uma infinidade de medicamentos para o combate da hipertensão arterial. A opção por uma ou outra medicação deverá levar em conta aspectos individuais de cada paciente. Cerca de 70% ou mais dos pacientes hipertensos necessitarão de duas ou mais medicações para o controle adequado de sua pressão arterial.
Infelizmente pelo caráter crônico, assintomático e incurável da doença, grande parte dos pacientes portadores de hipertensão arterial abandona o tratamento. Em um estudo brasileiro recente, constatou-se que menos de 10% dos pacientes hipertensos apresentavam um controle satisfatório da pressão arterial.
O tratamento anti-hipertensivo pode ser realizado em monoterapia, através da utilização de um único fármaco anti-hipertensivo ou em terapia combinada, ou seja, associação de dois ou mais fármacos de classes diferentes.
Os medicamentos para hipertensão são divididos em seis classes principais: diuréticos, inibidores adrenérgicos, vasodilatadores diretos, inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA), bloqueadores dos canais de cálcio e antagonistas do receptor AT2 da angiotensina II (AII). A combinação de fármacos é frequentemente utilizada, já que a monoterapia inicial é eficaz em apenas 40 a 50% dos casosAssim, os anti-hipertensivos devem não só reduzir a pressão arterial (PA), mas também os eventos cardiovasculares fatais e não fatais, e, se possível, a taxa de mortalidade.




Nos próximos estudos dirigidos estudaremos detalhadamente cada classe de anti-hipertensivos. 


Referências Bibliográficas
O que é hipertensão? http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hipertensao
Hipertensão: prevenir ainda é a melhor solução http://www.macae.rj.gov.br/saude/leitura/noticia/hipertensao-prevenir-ainda-e-a-melhor-solucao
Hipertensão arterial http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/cronicas/dcnt_hiper.htm