sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Medicamento e álcool


 


Pacientes que administram medicamentos para o coração ou para controle de problemas cardiovasculares e fazem uso do álcool, apenas eventualmente, não devem suspender a medicação. “O tratamento de hipertensão, por exemplo, depende muito de a pessoa seguir a risca os horários e quantidades do remédio. Não tomar o medicamento naquele fim de semana que bebeu uma cerveja é mais prejudicial que uma possível reação ao álcool”, explica o farmacêutico do Centro de Informação sobre Medicamentos do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR) Jackson Rapkiewicz.


Essa regra não vale para a associação entre bebidas alcoólicas e medicamentos que são depressores do sistema nervoso central, como calmantes, hipnóticos (usados para dormir), antidepressivos, ansiolíticos, sedativos e alguns analgésicos (derivados da morfina). “Esses remédios deixam o paciente sonolento e com a atividade motora diminuída. Como o álcool tem ação semelhante, a bebida potencializa o efeito do medicamento e a pessoa fica ainda mais sonolenta e perde a coordenação motora”, diz Rapkiewicz. Em quantidades excessivas, o resultado pode ser uma parada respiratória e morte.
Para os benzodiazepínicos, como o Rivotril, é preciso mais atenção. “Se você usa o medicamento todos os dias, mesmo suspendendo a ingestão por um dia, a substância vai continuar circulando no organismo por algum tempo, então não diminui os riscos de uma reação”, diz o gerente médico da Unidade Intermediária de Crise e Apoio à Vida (Uniica), Élio Luiz Mauer.
Outro perigo são os medicamentos que prejudicam a metabolização do álcool no organismo. Neste grupo, entram alguns antibióticos. “Esses remédios interferem nas fases de metabolização do álcool, o que causa rubor facial, náusea, enjoo e sensação de mal-estar.”



Veja casos comuns de interação entre medicamentos – ingeridos via oral, adesivos e injeções – e uso ocasional de álcool, mesmo em pequena quantidade:

Calmantes
E ainda hipnóticos, sedativos, ansiolíticos, analgésicos derivados da morfina, alguns antidepressivos e alguns medicamentos para náusea e enjoo (principalmente os que aumentam a sonolência). Com o álcool, seu efeito é potencializado, o que aumenta a sensação de sonolência e leva a diminuição – ou perda – da coordenação motora até que o efeito passe. Em quantidades exageradas, podem causar parada respiratória, estado de coma e morte.

Antibióticos
A maioria não causa reações, mas metronidazol, cloranfenicol, isoniazida e sulfametoxazol geram náusea, vômito, cefaleia e até taquicardia quando associados ao álcool.

Anti-histamínicos
Não há histórico de interações relevantes, a menos que a causa do uso do remédio seja uma alergia causada por álcool.

Analgésicos
A dipirona e o diclofenaco não têm interações com o álcool. Estudos mostram que o paracetamol, em doses altas, agride o fígado, tendo uma ação semelhante a do álcool, então o melhor é não misturá-los.

Anti-inflamatórios
Como tendem a agredir o estômago, recomenda-se que não sejam combinados com álcool. Os pacientes devem ter atenção redobrada com o ácido acetilsalicílico (aspirina).

Anticonvulsionantes
O paciente não deve beber nunca, pois o álcool favorece a ocorrência de convulsões.

Anticoncepcionais
O uso crônico de bebida alcoólica (alcoolismo) faz com que a pílula anticoncepcional perca a eficácia. Em mulheres que bebem ocasionalmente (uma vez por semana), o álcool não interfere no metabolismo.

Aspirina e paracetamol exigem cuidado
Se o grupo dos analgésicos e dos anti-inflamatórios não rende grandes interações com o álcool, seus dois maiores representantes, o paracetamol e o ácido acetilsalicílico (a aspirina), inspiram cuidado. “Em geral, a aspirina tende a agredir o estômago e o álcool tem efeito semelhante, então a combinação pode causar sangramentos gástricos. Como os anti-inflamatórios dificultam a coagulação do sangue, tende a gerar gastrites e úlceras”, diz o farmacêutico Jackson Rapkiewicz. O ideal é substitui-la pela nimesulida.
No caso do paracetamol, “estudos mostram que ele agride o fígado e, combinado com o álcool, pode levar a lesões hepáticas graves. Os danos se restringem a pessoas que utilizam doses muito altas do remédio, mas, na dúvida, o melhor é preferir dipirona ou diclofenaco”, explica a professora de farmacologia da Universidade Positivo (UP) Priscila Samaha Gonçalves.

 

1 comentário:

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