sábado, 27 de maio de 2017

Os efeitos do OMEPRAZOL

                         
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Uso
Omeprazol pertence ao grupo de drogas chamadas inibidores da bomba de protões. Ele diminui a quantidade de ácido produzido no estômago. Funciona como uma espécie de protetor gástrico, sendo indicado também para pessoas que fazem uso de medicamentos que agridem por demais o estômago. Também pode ser administrado juntamente com antibióticos para tratar a úlcera gástrica causada pela infecção com Helicobacter pylori (H. pylori).
                            
                      Fonte:http://saudebancaria.org.br/imprensa/noticia/1/2/2016/os-perigos-do--omeprazol-
Mecanismo de ação
omeprazol reduz a secreção ácida gástrica através de mecanismo de ação altamente seletivo. O omeprazol produz inibição específica da enzima H+K+-ATPase ("bomba de prótons") nas células parietais. Esta ação farmacológica, dose-dependente, inibe a etapa final da formação de ácido no estômago, proporcionando assim uma inibição altamente efetiva tanto da secreção ácida basal quanto da estimulada, independentemente do estímulo. O início de ação de omeprazol é rápido, e o controle reversível da secreção ácida é obtido com uma única administração diária.

Posologia
O Omeprazol pode ser encontrado em cápsulas de 10 mg, 20 mg e de 40 mg. A dose geralmente recomendada para adultos é de 20 mg uma vez ao dia, sendo necessário, no entanto, consultar um médico para que a dose mais adequada para cada caso seja estipulada.
O mais indicado é tomar uma cápsula de Omeprazol ao menos 15 minutos antes da refeição, para que seja devidamente absorvido e para que possa servir como um protetor. O Omeprazol é especialmente eficiente no tratamento de úlceras duodenais, sendo que, em média, após 2 a 4 semanas de uso frequente do medicamento já se pode verificar cicatrização de quase 100%. O Omeprazol não é indicado em alguns casos, assim como é contraindicado para alguns grupos, tais como mulheres grávidas ou lactantes.
Interações Medicamentosas
A absorção de alguns fármacos pode ser alterada devido à diminuição da acidez intragástrica. O omeprazol é metabolizado pelo fígado através do citocromo P450, o que pode acarretar problemas com outros medicamentos que são metabolizados pela mesma enzima. Os doentes sob tratamento, devem ser monitorados, podendo ser necessária uma redução na dose destes fármacos. Durante o tratamento concomitante de omeprazol com claritromicina ocorre aumento nas concentrações plasmáticas de ambas as substâncias. Não foi encontrada interação com a administração concomitante de antiácidos ou alimentos.

Efeitos colaterais do Omeprazol

O uso em curto prazo dos IBP está associado a reações adversas leves e reversíveis como diarreia, dor abdominal, náuseas, dor de cabeça, alterações na pele, flatulência e constipação, que desaparecem quando o tratamento com o fármaco é interrompido.
Porém, o uso em longo prazo pode levar à ocorrência de reações adversas preocupantes e desconhecidas pela maioria da população. Por exemplo, o uso por período igual ou superior a 2 anos pode levar à diminuição na absorção da vitamina B12, vitamina importante para o desenvolvimento hormonal e para a formação dos glóbulos vermelhos (hemácias). Clinicamente os efeitos causados pelo déficit da vitamina B12 podem se manifestar como demência, problemas neurológicos, anemia e outras complicações, às vezes irreversíveis.
Outra reação adversa relacionada ao uso prolongando e regular (neste caso 1 ano ou mais) dos IBP é a redução nos níveis de magnésio na corrente sanguínea (hipomagnesia), podendo causar aumento da ocorrência de espasmos (contração involuntária do músculo) nas pernas, arritmias cardíacas, convulsões e alterações de ânimo.  A redução dos níveis de magnésio também pode resultar na disfunção da glândula paratireoide, afetando a regulação dos níveis de cálcio, levando a um enfraquecimento dos ossos, aumentando assim o risco de fraturas, principalmente em pessoas idosas.

Diante desses riscos, percebemos que, como todo medicamento, os fármacos dessa classe devem ser usados somente em casos de real necessidade e com cautela. Recomenda-se aos profissionais de saúde e ao próprio paciente que estejam sempre atentos às reações adversas que podem ocorrer ao longo do tratamento.

NOTIFICAÇÃO
Você sabia que quando você toma um medicamento e tem uma reação adversa (uma resposta indesejada do seu corpo ao medicamento) você deve notificar, ou seja, comunicar a ANVISA ou a um Centro de Farmacovigilância?
Essa atitude é muito importante, pois a indústria que produz o remédio vai passar a ter conhecimento do que este está causando no paciente, e se irá retirar o medicamento do mercado ou não, caso o número de reações estejam aumentando (o que mostra que ele está causando mal a nós e não resolvendo nosso problema de saúde).
O mesmo deve ser feito quando você compra, por exemplo, uma caixinha de medicamentos e um deles vem quebrado ou com uma cor diferente.
Conheça o CEFAL (Centro de Farmacovigilância da Universidade Federal de Alfenas) e um pouco mais sobre a notificação.
Notifique!


Fontes de Pesquisa:
BLOG DO CEMED. Omeprazol e outros inibidores da bomba de prótons: consequências do uso prolongado. Disponível em : <https://cemedmg.wordpress.com/2014/11/17/omeprazol-e-outros-inibidores-da-bomba-de-protons-consequencias-do-uso-prolongado/> Acesso em : 20 de maio 2017 DRUGS.COM. Omeprazole. Disponível em : < https://www.drugs.com/dosage/omeprazole.html> Acesso em : 20 de maio 2017 BULASMED. Omeprazol. Disponível em : <http://www.bulas.med.br/p/bulas-de-medicamentos/bula/4757/omeprazol.htm> Acesso em : 20 de maio 2017 SAUDEMEDICINA. Efeitos colaterais do omeprazol. Disponível em : < http://www.saudemedicina.com/efeitos-colaterais-do-omeprazol/> Acesso em : 20 de maio 2017

terça-feira, 9 de maio de 2017

Febre amarela



Fonte: http://www.jau.sp.gov.br/noticias_detalhes.php?NOT_ID=5213

A Febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, cujo agente etiológico é transmitido por vetores artrópodes. O vírus da febre amarela é um arbovírus do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa.
O vírus da FA apresenta dois ciclos epidemiológicos de transmissão distintos, silvestre e urbano, conforme a figura 1 abaixo.
A doença é transmitida por meio de picada de mosquito. As espécies de mosquito Haemagogus e Sabethe transmitem a febre amarela silvestre, pois estão concentradas em regiões de mata e interioranas. Já o Aedes aegypti é responsável pela transmissão da febre amarela urbana, que atinge grandes cidades e áreas metropolitanas. Do ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico, a doença é a mesma nos dois ciclos, já que o vírus transmitido é o mesmo, só muda o agente transmissor.
Em 2017 o Brasil voltou a viver um surto deste quadro que teve início em janeiro deste ano. Essa doença infecciosa aguda, uma velha conhecida da ciência, voltou a preocupar depois que um surto começou a ser registrado em Minas Gerais, na região dos vales do Rio Doce e do Mucuri, no leste do estado, com casos confirmados ou investigados também em São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Tocantins.
Para auxiliar na intensificação da imunização nos estados, o Ministério da Saúde já enviou 1,6 milhão de doses extras de vacina para Minas Gerais, 500 mil para o Espírito Santo, 350 mil para o Rio de Janeiro e 400 mil para a Bahia. Além disso, o Ministério da Saúde distribuiu, no mês de janeiro, 650 mil doses da vacina de febre amarela para todo o país, como parte da rotina de abastecimento do Calendário Nacional de Vacinação.
A vacinação é considerada pela Organização Mundial da Saúde a forma mais importante de prevenir a febre amarela.
vacina contra febre amarela é constituída de vírus vivos atenuados (cepa 17D) , ela age estimulando o organismo a produzir sua própria proteção contra o vírus. é aplicada via subcutânea, na região do braço. O efeito protetor ocorre a partir do décimo dia depois de tê-la tomado e garante imunidade por pelo menos 10 anos.
No Brasil, são recomendadas duas doses com intervalo de 10 anos, e não mais o reforço a cada 10 anos. Porém, ainda neste mês (05/4), o Ministério da Saúde passará a adotar a dose única da vacina contra febre amarela para áreas em que a imunização é recomendada. Com a medida, o País segue orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).Essa estratégia é utilizada quando há aumento de casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional. “Se houver a ocorrência de casos, além do que nós estamos avaliando hoje, com a mudança do perfil epidemiológico, vamos estar preparados para iniciar a vacinação fracionada”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante.
Vacina contra Febre Amarela
                              Fonte: https://www.tuasaude.com/vacina-contra-febre-amarela/

NOTIFICAÇÃO
Você sabia que quando você toma um medicamento e tem uma reação adversa (uma resposta indesejada do seu corpo ao medicamento) você deve notificar, ou seja, comunicar a ANVISA ou a um Centro de Farmacovigilância?
Essa atitude é muito importante, pois a indústria que produz o remédio vai passar a ter conhecimento do que este está causando no paciente, e se irá retirar o medicamento do mercado ou não, caso o número de reações estejam aumentando (o que mostra que ele está causando mal a nós e não resolvendo nosso problema de saúde).
O mesmo deve ser feito quando você compra, por exemplo, uma caixinha de medicamentos e um deles vem quebrado ou com uma cor diferente.
Conheça o CEFAL (Centro de Farmacovigilância da Universidade Federal de Alfenas) e um pouco mais sobre a notificação.
Notifique!




Fontes de Pesquisa
PFARMA.COM.BR. Ministério da Saúde amplia proteção contra a febre amarela. Disponível em : <http://pfarma.com.br/noticia-setor-farmaceutico/saude/2814-ministerio-da-saude-amplia-protecao-contra-a-febre-amarela.html> Acesso em : 30 de abril de 2017
BRASIL. Brasil adota dose única da vacina contra febre amarela. Disponível em : <http://www.brasil.gov.br/saude/2017/04/brasil-adota-dose-unica-da-vacina-contra-febre-amarela > Acesso em : 30 de abril de 2017
MINHAVIDA. Vacina contra febre amarela: veja quando você deve tomá-la. Disponível em : <http://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/16664-vacina-contra-febre-amarela-veja-quando-voce-deve-toma-la> Acesso em : 30 de abril de 2017

terça-feira, 11 de abril de 2017

Como evitar os agravamentos da ENDOMETRIOSE?

O que é endometriose?

Endometriose é uma doença ginecológica feminina causada pelo aparecimento de fragmentos do endométrio em diferentes partes do útero e da região pélvica, tubas uterinas, intestino, bexiga e outros órgãos. Essa deslocalização do tecido endometrial pode gerar distúrbios, como cólicas menstruais excessivas, dores nas relações sexuais ou pode passar despercebido pela paciente, dificultando a procura por diagnóstico.
            A frequência de acometimento da doença é maior na faixa de idade pós menopausa, mas também ocorre significativamente em mulheres com idade reprodutiva. Sua causa pode se dar por fatores genéticos, ambientais, imunológicos e hormonais.


                                                                                     fonte: Fabiana Scaranzi

Como surge a doença?

Teorias abordam que a causa dessa implantação endometrial atípica é um influxo de sangramento menstrual para as trompas, e outros órgãos da cavidade pélvica. Apesar de praticamente todas as mulheres possuírem essa menstruação retrógrada, fatores predisponentes seja imunológico ou tóxico, favorecem o desenvolvimento da doença somente em parte da população feminina.
            A endometriose é uma doença estrogéno-dependente, portanto, a ingestão de alimentos que favoreçam a excreção de estrôgenio pode aumentar a possibilidade de desenvolvimento da doença. Uma dieta balanceada pobre em gorduras, pode evitar o excesso de prostaglandinas no organismo, diminuindo a dor e a inflamação pélvica.

fonte: minhavida

Quadro clínico e Diagnóstico

            O quadro clínico pode ser assintomático, o que dificulta a procura por diagnóstico, sendo constatado apenas após descobrimento de infertilidade.  A endometriose pode ser classificada em leve, moderada e grave de acordo com o órgão e a extensão que atinge. Uma forma um pouco mais grave apresenta dores pélvicas intensas, com cólicas menstruais e dores durante a relação sexual, aumento do volume ovariano sendo características próprias da endometriose.
            O diagnóstico é feito através de exame por imagem e laboratoriais, mas o que tem maior grau de precisão é a laparoscopia, que já é uma intervenção cirúrgica.


Classificação

A classificação mais comumente usada é a revisada pela “American Society of Reproductive Medicine” (ASRM) que consiste em 4 estágios e leva em consideração o tamanho, a profundidade e a localização dos implantes endometrióticos e a gravidade das aderências. Porém esses estagios não estão correlacionados com o nível de dor, uma vez que a dor é associada a profundidade em que está a profundidade do implante.

Estágio 1 (doença mínima): implantes isolados e sem aderências significativas;
Estágio 2 (doença leve): implantes superficiais com menos de 5 cm, sem aderências significativas;
Estágio 3 (doença moderada): múltiplos implantes, aderências peritubáricas e periovarianas evidentes;
Estágio 4 (doença grave): múltiplos implantes superficiais e profundos, incluindo endometriomas, aderências densas e firmes

Tratamento


A escolha do tratamento depende de vários fatores além do estágio em que a endometriose foi descoberta, também deve-se levar em consideração o desejo que a mulher tem de engravidar e a idade da paciente. Para o tratamento desta doença há várias formas de tratamento que podem ser medicamentosos, cirúrgico ou uma a combinação de ambos.
O tratamento medicamentoso tem como objetivo reproduzir na paciente uma pseudogravidez, pseudomenopausa ou anovulação crônica, através da manipulação hormonal. Para mulheres com infertilidade não convém um tratamento hormonal, pois nestes estudos mostram que os medicamentos não são efetivos. Os casos cirúrgicos são indicados para infertilidades no estágio 1 e 2, quando for necessário a laparoscopia deve ser retirado a maior quantidade possível de focos da endometriose.
Os fármacos comumente usados são:

·         ACOs:  etinilestradiol 0,03 mg + levonorgestrel 0,15 mg: comprimidos ou drágeas.
·         Acetato de medroxiprogesterona: comprimidos de 10 mg; suspensão injetável de 50 e 150 mg/mL.
·         Danazol: cápsulas de 100 e 200 mg.
·         Análogos do GnRH:
·         - Gosserrelina: seringa preenchida com dose única de 3,6 mg ou 10,8 mg.
·         - Leuprorrelina: frasco-ampola com 3,75 mg ou 11,25 mg.
·         - Triptorrelina: frasco-ampola com 3,75 mg ou 11,25 mg.

                                                                  fonte: comofazer.org

NOTIFICAÇÃO
Você sabia que quando você toma um medicamento e tem uma reação adversa (uma resposta indesejada do seu corpo ao medicamento) você deve notificar, ou seja, comunicar a ANVISA ou a um Centro de Farmacovigilância?
Essa atitude é muito importante, pois a indústria que produz o remédio vai passar a ter conhecimento do que este está causando no paciente, e se irá retirar o medicamento do mercado ou não, caso o número de reações estejam aumentando (o que mostra que ele está causando mal a nós e não resolvendo nosso problema de saúde).
O mesmo deve ser feito quando você compra, por exemplo, uma caixinha de medicamentos e um deles vem quebrado ou com uma cor diferente.
Conheça o CEFAL (Centro de Farmacovigilância da Universidade Federal de Alfenas) e um pouco mais sobre a notificação.
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Referências Bibliográficas:

BRASIL. Ministerio da saúde: Secretaria de atenção á saúde. Portaria Nº 879, de 12 de julho de 2016. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas endometriose.

 NACUL. A. P.; SPRITZER P. M.  Aspectos atuais do diagnóstico e tratamento de endometriose. Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Porto Alegre, Brasil. Rev Assoc Med Bras 2011; 57(4):456-461

PATRICK BELLELIS1, SERGIO PODGAEC2, MAURÍCIO SIMÕES ABRÃO. Fatores ambientais e endometriose.  Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. Rev Assoc Med Bras 2011; 57(4):456-461

segunda-feira, 6 de março de 2017

Farmacovigilância: uma aliada contra o uso irracional  de medicamentos e reações adversas consequentes de seu uso


          No mundo, o consumo de medicamentos tem crescido vertiginosamente. Atualmente, uma gama de medicamentos é encontrada no mercado para diversas doenças do organismo, e diferentes profissionais especializados em determinadas áreas os prescrevem aos pacientes muitas vezes indiscriminadamente.
      O problema de diversos medicamentos, com funções diferenciadas, agindo num mesmo organismo está em sua capacidade de alterar suas funções, como absorção de  substâncias, bem como sua excreção, alteração da homeostasia, de temperatura, hipersensibilidade, entre outros quadros encontrados. 
          Um medicamento administrado de forma irracional, muitas vezes sem a orientação profissional necessária, pode gerar um desequilíbrio no organismo e com isso gerar reações adversas desde leves a graves.
fonte: Farmacêutica Curiosa

Como é assegurada a qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos?

É importante assegurar a qualidade, eficácia e segurança de todos os medicamentos comercializados. Para isso, são feitos testes pré-clínicos e clínicos, separados em 4 fases. A primeira acontece com um número reduzido de pacientes saudáveis para uma avaliação da farmacocinética e farmacodinâmica do fármaco; a segunda utiliza um número pequeno de enfermos e avalia a terapêutica, além das reações adversas graves ou leves; e a terceira já é um ensaio clínico controlado com maior número de pacientes avaliando também a frequência dos efeitos adversos além de verificar a terapêutica estudada. Após estas fases, o fármaco aprovado pode ser comercializado mas ainda será fiscalizado através da farmacovigilância, pois apesar dos estudos anteriores detectarem algumas reações adversas e mesmo havendo legislações e regulamentos rigorosos, algumas só são identificadas na prática clínica habitual.
A farmacovigilância se encaixa na quarta fase de aprovação do medicamento e é imprescindível para fazer o controle pós comercialização do deste fármaco. Nesses estudos é possível encontrar novas terapêuticas associadas ao medicamento, quantificar e avaliar os casos relatados de reações adversas e em casos de extrapolação destes, tomar as devidas atitudes junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA além de  alertar aos consumidores sobre os riscos de determinada medicação. Os centros de farmacovigilância podem servir também como intermédio entre empresa e consumidor, prezando pela melhora da qualidade dos medicamentos disponibilizados e o menor risco a saúde.
fonte: Jornal da Orla

Como posso notificar?

Você como paciente é responsável por comunicar ao seu médico, ou farmacêutico, sintomas sentidos após o início do uso de um medicamento. Notificar é fácil e rápido e contribui para o melhoramento desses medicamentos, além de fornecer dados estatísticos para aumentar o conhecimento sobre eles após serem comercializados.
Existem também os centros de farmacovigilância que podem te ajudar a relatar o seu problema. Mas para isso é importante que você tenha consigo algumas informações contidas na embalagem do medicamento, além de informações quanto aos sintomas e sinais apresentados, interrupção do tratamento, interações com outras substâncias. Tendo isso em mãos é só acessar o link http://www.unifal-mg.edu.br/cefal/?q=notificacao e fazer a sua notificação.
A sua notificação será estudada pelos integrantes do centro de farmacovigilância e encaminhados para a ANVISA e para a empresa responsável pelo produto, e partir disso, teremos uma resposta quanto a sua notificação. Por isso é importante que toda reação adversa, ou queixa técnica, seja notificada para alimentar a cadeia de dados da farmacovigilância que visa manter a qualidade dos medicamentos que chegam até você!
fonte: Noticia Exata

NOTIFICAÇÃO
Você sabia que quando você toma um medicamento e tem uma reação adversa (uma resposta indesejada do seu corpo ao medicamento) você deve notificar, ou seja, comunicar a ANVISA ou a um Centro de Farmacovigilância?
Essa atitude é muito importante, pois a indústria que produz o remédio vai passar a ter conhecimento do que este está causando no paciente, e se irá retirar o medicamento do mercado ou não, caso o número de reações estejam aumentando (o que mostra que ele está causando mal a nós e não resolvendo nosso problema de saúde).
O mesmo deve ser feito quando você compra, por exemplo, uma caixinha de medicamentos e um deles vem quebrado ou com uma cor diferente.
Conheça o CEFAL (Centro de Farmacovigilância da Universidade Federal de Alfenas) e um pouco mais sobre a notificação.
Notifique!




Referências
VALSECIA. M FARMACOVIGILANCIA Y MECANISMOS DE REACCIONES ADVERSAS A MEDICAMENTOS. Boletim eletrônico de Fármacos. Cap. 13; PAG, 136 Disponível em http://med.unne.edu.ar/sitio/multimedia/imagenes/ckfinder/files/files/13_farmacovigi.pdf. Acesso em 06/03/2017.

 IVAMA A. M.; SOUZA N. R.; A Importância da Farmacovigilância: Monitorização da Segurança dos Medicamentos. Revista Racine. Disponível em <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33868/2894427/Monitoriza%C3%A7%C3%A3o+da+Seguran%C3%A7a+dos+Medicamentos/53cf681a-ae19-4b2e-9fc2-517b3249588c?version=1.1> Acesso em 06/03/2017.



terça-feira, 12 de julho de 2016

ESTUDO DIRIGIDO: IBUPROFENO

USO

O Ibuprofeno é um medicamento da classe dos antiinflamatórios não esteróides (AINES), NÃO SELETIVO, com ações antitérmicas (contra febre), analgésicas (contra dor) e antiinflamatórias. O ibuprofeno é indicado para uma série de condições, principalmente para casos de dor de origem inflamatória, como artrites, dores traumáticas, inflamações dentárias, cólicas menstruais, entre outros..
O início de ação ocorre de 15 a 30 minutos após sua administração oral e permanece por 4 a 6 horas.

O ibuprofeno já é vendido como medicação genérica, sendo muito fácil encontrá-lo nas farmácias. Em relação aos nomes comerciais disponíveis no mercado, os principias são: Advil, Alivium, Buscofen, Dalsy, Motrin, Spidufen, sob a forma de gotas, comprimidos ou como suspensão oral. 


Não se deve utilizar o ibuprofeno concomitante com bebidas alcoólicas e o Ibuprofeno é contraindicado a pacientes com úlcera gastroduodenal ou sangramento gastrintestinal e para menores de 6 meses de idade.

MECANISMO DE AÇÃO

Ibuprofeno é um derivado do ácido fenilpropiônico, inibidor da síntese das prostaglandinas, tendo propriedades analgésicas e antipiréticas. Os analgésicos antiinflamatórios não-esteróides inibem a enzima ciclooxigenase, diminuindo a formação de precursores das prostaglandinas e dos tromboxanos a partir do ácido araquidônico, diminuindo a ação destes mediadores no termostato hipotalâmico e nos receptores de dor (nociceptores).


Observação: Nota-se que a COX 1 tem um papel fisiológico no nosso organismo, uma vez que uma de suas funções é a produção do muco protetor do trato gastrointestinal. 
Como foi visto acima, o ibuprofeno é um medicamento que possui ação NÃO seletiva para COX, ou seja, ele não era inibir apenas a COX 2 que está envolvida no processo da inflamação, mas também a COX 1, que é fisiológica. 
Portanto,  nesse contexto, não é recomendado o uso desse medicamento por pacientes que possuem problemas estomacais, porque poderá ser prejudicial para o paciente. 

Propriedades farmacocinéticas – O ibuprofeno apresenta boa absorção oral, com aproximadamente 80% da dose absorvida no trato gastrintestinal, havendo diferença quando a administração é feita em jejum ou após refeição, pois a presença de alimentos diminui a absorção.


INTERAÇÕES MEDICAMENTOSA

- Interações medicamento-medicamento

O uso de ibuprofeno e de outros analgésicos e antipiréticos junto com os seguintes fármacos, deve ser evitado, especialmente nos casos de administração continua: ácido acetilsalicílico, paracetamol, colchicina, iodetos, medicamentos fotossensibilizantes, outros antiinflamatórios não esteroides, corticosteroides, antidiabéticos orais ou insulina, anti-hipertensivos e diuréticos, lítio, agentes anticoagulantes ou trombolíticos, inibidores de agregação plaquetária, digoxina, metotrexato e hormônios tireoidianos.

- Interações medicamento-exame laboratorial

Durante o uso de ibuprofeno, os exames de sangue poderão indicar anemia. Se houver sangramento no aparelho digestivo devido ao uso do ibuprofeno, o exame de fezes para pesquisa de sangue oculto poderá ter resultado positivo. O valor da taxa de açúcar no sangue (glicemia) poderá vir mais baixo durante o uso de ibuprofeno. Não existe interferência conhecida com outros exames.

REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas mais comuns incluem reações de hipersensibilidade, náusea, vômito, dor epigástrica, azia, tontura e rash cutâneo. 
As reações adversas raras incluem sangramento gastrintestinal ou perfuração, nefrotoxicidade, hepatite, meningite asséptica, tontura, vertigem, síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme e dermatoses.

POSOLOGIA

O ibuprofeno é habitualmente vendido nas doses de 200 mg, 400 mg e 600 mg. A dose para tratar dores de origem inflamatórias é de 400 a 800 mg de até 6 em 6 horas. Nos casos de febre a dose recomendada é de 200 mg a cada 4 horas. 
A dose diária total máxima é de 3200mg (3.2 gramas), mas o recomendado é não ultrapassar as 2400 mg por dia sem autorização médica, devido ao maior riscos de efeitos colaterais. 
O uso prolongado, por mais de 1 semana, também deve ser evitado a não que sejam ordens médicas. 
Em geral, a posologia de 400 a 600 mg, 2 a 3 vezes por dia é suficiente para controlar a maioria das dores de leve a moderada intensidade.

NOTIFICAÇÃO
Você sabia que quando você toma um medicamento e tem uma reação adversa (uma resposta indesejada do seu corpo ao medicamento) você deve notificar, ou seja, comunicar a ANVISA ou a um Centro de Farmacovigilância?
Essa atitude é muito importante, pois a indústria que produz o remédio vai passar a ter conhecimento do que este está causando no paciente, e se irá retirar o medicamento do mercado ou não, caso o número de reações estejam aumentando (o que mostra que ele está causando mal a nós e não resolvendo nosso problema de saúde).
O mesmo deve ser feito quando você compra, por exemplo, uma caixinha de medicamentos e um deles vem quebrado ou com uma cor diferente.
Conheça o CEFAL (Centro de Farmacovigilância da Universidade Federal de Alfenas) e um pouco mais sobre a notificação.
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Referências

DRUGS.COM. Ibuprofen. Disponível em: <http://www.drugs.com/ibuprofen.html>. Acesso em: 12/07/2016.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA. Ibuprofeno. Disponível em <http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=2813342015&pIdAnexo=2545759>. Acesso em: 12/07/2016.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Faça do medicamento um aliado, não um inimigo


Dia 5 de maio é o dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos. A data foi criada como um alerta a população dos riscos da automedicação. Atualmente, com o avanço da tecnologia, acesso fácil a bulas e informações vindas de diversas fontes, pessoas do mundo inteiro relatam experiências e partilham fatos ocorridos, e muitos desses são de grande utilidade. A população se habituou cada vez mais a recorrer a sites de pesquisa rápida quando apresentam alguma enfermidade e necessitam de alívio imediato sem ir buscar a devida informação e diagnóstico.
A automedicação é hoje uma das maiores causas de intoxicação no mundo inteiro, levando a graves sequelas e algumas vezes a morte. O médico é o profissional responsável por fazer o diagnóstico correto, prescrever o medicamento correto, na dose correta. O farmacêutico é habilitado a realizar a prescrição de Medicamento Isentos de Prescrição Médica (MIPs), e é ele quem irá realizar a dispensação dos medicamentos e irá informar tudo o que for importante do medicamento ao paciente: em que horários tomar, a dose que deverá tomar, alertar ao paciente sobre uso de alguma outra medicação e possíveis riscos de interação, a informar sobre qualquer efeito adverso esperado.
É preocupante o uso irracional de medicamentos, pois os mesmos podem potencializar efeitos de outras drogas e agravar o quadro clínico, apresentando grande risco a saúde, além de poder mascarar sintomas, agravando assim a doença.



Algumas dicas importantes:

  • Nunca tome remédios aconselhados por vizinhos, amigos ou familiares. O mesmo sintoma não significa a mesma doença.


  • Alguns remédios indicados para aliviar sinais passageiros de mal estar (azia, dor de estômago, ou dor de cabeça) podem ser tomados sem receita médica. Consulte seu farmacêutico para usá-los corretamente.



  • Informe ao seu médico e farmacêutico sobre todos os remédios que está tomando, receitas ou não; sobre remédios que tenham causado problemas como dor de cabeça, estômago, náuseas ou tontura.


  • Conheça os remédios que você toma e o porquê lhe foram receitados. Leia sempre a bula e esclareça suas dúvidas com um farmacêutico. Lembre-se de perguntar quais efeitos indesejáveis que podem acontecer e como saber se o remédio está fazendo o efeito esperado.


  • Sempre esteja bem informado sobre o modo correto de utilizar seus medicamentos. Doses, horários para toma-los e o que fazer quando esquecer uma dose são essenciais para o seu tratamento. Lembre-se de perguntar ao farmacêutico quais são os efeitos que podem ocorrer caso você misture outros remédios, alimentos bebidas alcoólicas e cigarro.


  • O tratamento deve ser seguido rigorosamente. Tome os remédios nas dose e horários recomendados.


  • Para que se tenha um bom tratamento, devemos seguir as orientações com rigor, de acordo com as informações médicas e/ou orientação do farmacêutico. Esta é a chave para um tratamento longe de problemas.


  • Lembre-se, na farmácia somente o farmacêutico pode lhe oferecer informações seguras sobre medicamentos.






sexta-feira, 15 de abril de 2016

Vacina contra H1N1 – Nova formulação de 2016

A Doença H1N1A vacina contra H1N1 já existe desde 2009 quando houve uma pandemia de gripe H1N1, deixando a população em situação de alerta, e causando uma mobilização dos profissionais de saúde na rápida elaboração da vacina para combater a gripe.
Os sintomas causados pela gripe são febre, mal estar intenso, dores musculares de início súbito, podendo causar tosse, dor de garganta, coriza e dor de cabeça. Além disso, em algumas situações, a gripe pode levar a complicações como pneumonias virais e bacterianas.

Quais são as cepas inativadas presentes na vacina?
São três tipos de cepas de vírus em combinação: um vírus similar ao vírus influenza A/California/7/2009 (H1N1) pdm09, um vírus similar ao vírus influenza A/Hong Kong/4801/2014 (H3N2), e um vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008.
  • Trivalente: A (H1N1); A (H3N2); Influenza B do subtipo Brisbane
  • Tetra ou Quadrivalente: A (H1N1); A (H3N2); 2 vírus Influenza B, que são os subtipos Brisbane e Phuket.



Como age a vacina contra o H1N1?

A vacina é uma suspensão aquosa de vírus influenza composta por diferentes cepas de Myxovirus influenzae inativados, cuja composição e concentração de antígenos são atualizadas a cada ano, em função de dados epidemiológicos, segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (O.M.S).
Sua administração é feita via injeção intramuscular, preparada a partir de vírus influenza propagada em ovos embrionados, que age estimulando o organismo a produzir sua própria proteção contra a gripe. Seu efeito aparece duas ou três semanas após a injeção e tem duração de seis meses a um ano.

A ordem de prioridade para vacinação é de:
1. Trabalhadores dos serviços de saúde públicos e privados envolvidos na resposta à pandemia;
2. Gestantes;
3. População indígena;
4. População com comorbidade crônica.
5. Crianças saudáveis maiores de seis meses a menores de dois anos de vida;
6. Adultos saudáveis dos 20 a 39 anos completos


Quais as possíveis interações medicamentosas da vacina H1 N1?
·        Pode ocorrer efeito adverso se administração de duas vacinas forem realizadas em partes iguais do corpo.
·        O uso de terapia imunossupressora (medicamentos que levam a alterações do sistema imunológico), como corticosteroides, drogas citotóxicas e radioterapia podem atrapalhar o efeito esperado da vacina.
·        A vacina influenza pode interferir na resposta a alguns testes laboratoriais para vírus, como HIV-1, vírus da hepatite C e HTLV-1.

Reações adversas da H1N1
  Podem ocorrer reações na pele que podem se espalhar pelo corpo incluindo prurido e urticária, dor nos nervos, convulsões febris, desordens neurológicas que podem resultar em confusão, dormência, dor e fraqueza nos membros ou paralisia de parte do corpo e síndrome de Guillain-Barré (doença rara que acomete os nervos periféricos levando a alterações da força dos músculos e das sensações no local acometido), diminuição temporária da quantidade de plaquetas, que estão envolvidas no processo de coagulação do sangue e inchaço temporário das glândulas no pescoço, axilas ou virilha.
Em casos raros, reações alérgicas podem levar o paciente ao atendimento médico de emergência por queda súbita de pressão, inchaço mais aparente na cabeça e pescoço, incluindo rosto, lábios, língua, garganta ou qualquer outra parte do corpo, inflamação dos vasos sanguíneos que pode levar a erupções na pele e a envolvimento renal transitório.


Precauções:
·      É recomendada a vacinação anual com a vacina atualizada porque a imunidade declina durante o ano após a vacinação, e porque as cepas circulantes de vírus influenza mudam de um ano para o outro.
·        Não se deve tomar a vacina, alérgicos a proteína do ovo, uma vez que esta é produzida por técnicas que utilizam o ovo para cultivo.
·        E pessoas que já passaram por complicações nas vacinas anteriores de H1N1, ou apresentaram sintomas da Síndrome de Guilan-Barré após a injeção.
·        Medidas simples como lavagem das mãos e o uso de álcool 70% são eficazes contra a contaminação e disseminação da doença viral.


Em caso de  reações adversas,
NOTIFIQUE!!!
Link: http://www.unifal-mg.edu.br/cefal/?q=notificacao


Fontes de Pesquisa:

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância em Sanitária. 

BRASIL. Sanofi Pasteur SA. Vacina influenza (fragmentada e inativada). Disponível: <http://www.sanofipasteur.com.br/ckfinder/userfiles/files/Vaxigrip-2012-mono-paciente-aprovada.pdf> Acesso em 15 de abril de 2016.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anvisa define composição da vacina influenza para 2016.
Disponívelem <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu++noticias+anos/2015/ANVISA+define+composicao+da+vacina+influenza+para+2016>. Acesso em 15 de abril de 2016.