quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Superbactérias

O que são superbactérias?
São bactérias resistentes ao tratamento com antibióticos disponíveis. “Não são necessariamente mais agressivas ou causadoras de doenças mais graves. Há menos condição de tratá-las”, disse a infectologista Rosana.


As superbactérias surgem a partir do uso inadequado de antibióticos?
Sim, o uso desnecessário de antibióticos, a utilização prolongada deles, o não seguimento da prescrição médica e a indicação de um tipo de classe de medicamentos mais potente para tratar infecções simples favorecem o problema. “O uso de antibióticos de forma indiscriminada pode selecionar as bactérias com algum mecanismo de resistência, que passam a ser predominantes, levando a doenças por germes multirresistentes”, disse a infectologista Raquel.
“Somos mais bactérias que células e vivemos em harmonia com elas. Quando o paciente toma um antibiótico de largo espectro (que atinge grande número de microrganismos), mata as bactérias sensíveis e facilita a replicação de bactérias resistentes à droga usada. A população resistente começa a aumentar, pode sofrer mutações para se defender dos antibióticos. O antibiótico não cria superbactérias, ele favorece a sobrevivência das resistentes”, completou Rosana.  

Como deve ser o uso do antibiótico para evitar superbactérias?
O uso deve ser racional, só sendo indicado quando realmente necessário. Por exemplo, se a pessoa tem uma infecção por vírus, não há necessidade alguma de antibiótico, que combate bactérias. “Se tem uma infecção por bactéria sensível a penicilina, não precisa de droga de geração mais avançada. O uso de um antibiótico que mata essa determinada bactéria e outras mais, quando não necessário, pode favorecer o surgimento de superbactérias”, afirmou a infectologista Rosana.

Há outras maneiras de tratar infecção por bactéria além do uso de antibiótico?
Não. Por isso, o uso do antibiótico deve ser feito de maneira racional para evitar problemas. De acordo com Rosana, para prevenir, muitas vezes é recomendado o uso de vitamina C com o objetivo de deixar o pH mais ácido, o que dificulta o crescimento bacteriano.

O que uma superbactéria pode causar de diferente de uma bactéria comum?
A infecção por um germe multirresistente não necessariamente leva a uma infecção mais grave, no entanto, seu tratamento é mais difícil, explicou a infectologista Raquel. “Não é possível diferenciar pelo quadro clínico, só com exames de cultura. O médico pode até desconfiar quando trata com antibiótico comum e o paciente não melhora”, acrescentou a Rosana.

Como combater superbactérias?
Há várias maneiras para evitá-las. “Uma é tentar desenvolver novas drogas, mas é questão de tempo para também se tornarem ineficazes. Desenvolver vacinas contra elas seria muito eficaz, mas é algo a longo prazo. A outra linha é a prevenção, que é o caminho mais simples, com a higiene adequada das mãos, além do uso racional de antibióticos”, disse a infectologista Rosana.

Qual é o risco da existência de superbactérias?
“Se tiver uma infecção do trato urinário, sanguínea, mais disseminada, pode acabar não tendo como tratá-la por dificuldade de encontrar antibiótico eficaz. Isso pode levar à morte por falta de tratamento adequado”, comentou Rosana. 

Toda infecção hospitalar é causada por superbactéria?
Não. “A definição de infecção hospitalar é quando ela ocorre 48 horas após admissão do paciente no ambiente hospitalar, e nem sempre é causada por germes multirresistentes”, disse a infectologista Raquel. Essa infecção também pode ser causada por vírus, bactérias, fungos, parasitas, como listou a infectologista Rosana.

A superbactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase)   já causou surtos de infecção hospitalar. Que bactéria é essa?
“Trata-se de bactérias que produzem uma enzima que inativa os antibióticos comumente utilizados em infecções hospitalares. Elas aumentam a mortalidade hospitalar, pois acometem pacientes com doenças graves e com procedimentos intra-hospitalares invasivos, além de restarem poucas opções terapêuticas devido à presença de resistência”, explicou a infectologista Raquel. Pode causar infecção urinária, sanguínea, no pulmão, acrescentou Rosana.


Quais são os riscos de infecções hospitalares?
Podem aumentar o risco de desfecho ruim, como a morte, segundo Rosana. “O risco é maior a depender da gravidade do paciente e do número de procedimentos realizados durante a internação”, afirmou Raquel.

Como prevenir infecções hospitalares?
Por meio de medidas de higiene, como lavagem adequada das mãos dos funcionários de saúde e limpeza de equipamentos.

Quando se constata infecção hospitalar, quais são as medidas adotadas pelo hospital?
Tudo depende do micro-organismo causador da infecção. “Se for por uma bactéria resistente, o paciente fica no isolamento”, exemplificou Rosana. Os cuidados com a higiene são fundamentais, além da parlamentação adequada para cada caso.

Quem tem Aids tem mais chances de contrair infecções hospitalares?

Segundo a infectologista Rosana, esse paciente está mais vulnerável às infecções porque a doença afeta o sistema imunológico. Pessoas com respostas imunodeficientes por outros motivos, como transplantados ou que passaram por outros procedimentos invasivos, também são mais vulneráveis.

Teste rápido para diagnóstico da febre chikungunya

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro para o teste rápido para diagnóstico da febre chikungunya. O exame fabricado e comercializado pela empresa OrangeLife, única no país com responsável pela produção, faz uma análise precoce da doença. Com apenas uma gota de sangue o teste rápido detecta nas primeiras 24 horas de infecção a presença do anticorpo IgM (partícula do vírus causador da chikungunya).


Marco Collovati, médico e presidente da empresa, destaca que o exame é rápido e pode ser feito na beira do leito. “Funciona colocando uma gota de sangue em um recipiente com uma fita plástica. Depois são depositadas três gotas de uma solução química. O resultado sai em dez minutos. Se aparecerem duas linhas, o diagnóstico é positivo; se houver apenas uma linha, é negativo”, explica.

O último levantamento do Ministério da Saúde aponta 2.258 casos confirmados de febre chikungunya no Brasil, sendo 233 por critério laboratorial e 2.025 por critério clínico-epidemiológico. Do total, 93 casos são importados, ou seja, de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.

A chikungunya tem sintomas parecidos com a dengue. Assim, até a confirmação da doença, é proibido por exemplo o uso da aspirina para aliviar as dores. O medicamento faz bem a quem tem chikungunya, mas é contraindicado em caso de dengue.


O tratamento consiste no alívio dos sintomas, que costumam durar de três a dez dias. É recomendado repouso, hidratação e o uso de analgésicos como o paracetamol

Lista de substâncias sob controle especial passa a incluir o canabidiol

Resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicada nesta quarta-feira (28) no Diário Oficial da União atualiza a lista de substâncias sob controle especial, que passa a incluir o canabidiol.



A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) publicou ontem o despacho do presidente da instituição, a aprovação da proposta de definição de critérios e procedimentos para a importação de produtos à base de canabidiol em associação com outros canabinóides, por pessoa física para uso próprio. O produto deverá ser importado e terá uso terapêutico, sujeito a controle.

O canabidiol é um dos 480 compostos da maconha. Extraído do caule e das folhas da planta, a substância não é psicoativa, nem tóxica. O composto que promove o efeito alucinógeno é o tetraidrocanabinol (THC), substrato da resina e da flor da Cannabis sativa. É ele o responsável pela alteração de raciocínio, lapsos de memória, perda cognitiva e dependência.

Estudos têm demonstrado o potencial da substância em diminuir a frequência de crises convulsivas entre pacientes com doenças neurológicas graves que não respondem ao tratamento convencional. No  Brasil, 600 000 crianças são portadoras de epilepsia grave, refratária aos anticonvulsivantes tradicionais. Cerca de 400 famílias usam o canabidiol. Outras pesquisas apontam que a substância também pode ajudar pessoas com doenças como Parkinson, esquizofrenia, insônia e ansiedade.




A substância teve sua liberação graças a reivindicação de familiares de crianças e adolescentes que têm crises repetidas de convulsão. Enquanto a substância era proibida pela Anvisa, aqueles que desejavam importar medicamentos contendo o composto precisavam fazer um pedido especial no órgão, desde que munidos de receita médica. No mês passado, o Conselho Federal de Medicina já havia autorizado neurocirurgiões e psiquiatras a prescrever remédios à base de canabidiol para crianças e adolescentes com epilepsia.

A reclassificação foi anunciada pela diretoria colegiada da Anvisa no último dia 14. Por unanimidade, a agência decidiu que o canabidiol passaria a integrar a lista de substâncias de uso controlado e não mais a lista de substâncias proibidas. A maior parte dos diretores da Anvisa ressaltou que não há relatos de dependência relacionada ao uso de canabidiol e que há diversos indícios registrados na literatura científica de que a substância auxilia no tratamento de enfermidades como a epilepsia grave.

Os diretores também ressaltaram que a reclassificação permite que os parentes atuem na legalidade, além de incentivar pesquisas sobre o tema. A Anvisa iniciou a discussão sobre a possibilidade da reclassificação da substância em maio de 2014. Na época, não houve decisão terminativa sobre a questão. Desde então, a agência vinha autorizando a liberação de importação do canabidiol em caráter excepcional.

Enxaqueca e formas de prevenção


Uma pesquisa brasileira comprovou que exercícios aeróbicos, como caminhada e corrida, ajudam pacientes que sofrem de enxaqueca crônica. Segundo o estudo, feito na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), esse tipo de atividade física previne dores, diminuindo tanto a frequência quanto a intensidade do problema.
Participaram da pesquisa 60 pessoas de 18 a 50 anos que tinham enxaqueca crônica, ou seja, apresentavam dores de cabeça pelo menos 15 dias ao mês. Nenhum dos voluntários havia seguido uma rotina de exercícios físicos nos três meses anteriores à pesquisa e todos faziam uso de medicamentos para prevenir dores de cabeça.
Durante três meses, metade dos participantes foi orientada a aliar a medicação com a prática de 40 minutos de caminhada ao dia, três vezes na semana. O restante passou esse tempo apenas tomando remédio.
Ao longo desse período, os participantes relataram se sentiram dores de cabeça e, se sim, com qual frequência e intensidade. Quando o estudo acabou, os pesquisadores avaliaram outros aspectos dos voluntários, como função cardiovascular e índice de massa corporal (IMC).
De acordo com os resultados, os participantes que praticaram atividade física apresentaram uma melhora em todos os aspectos da enxaqueca. A frequência das dores, por exemplo, caiu pela metade — de 23 dias para 5 dias por mês, em média. Além disso, essas pessoas também apresentaram uma redução do IMC.
“O exercício aeróbico de intensidade moderada, praticado regularmente, pode promover o relaxamento muscular, melhora do condicionamento cardiovascular e redução da frequência, intensidade e duração das crises de dor de cabeça”, diz a coordenadora do estudo.



O que é enxaqueca?



A enxaqueca é um desequilíbrio químico no cérebro, envolvendo hormônios e substâncias denominados peptídeos. Esse desequilíbrio resulta de uma série de outros desequilíbrios neuroquímicos e hormonais, decorrentes do estilo de vida e hábitos do portador da doença enxaqueca, e também de uma predisposição genética. O resultado é uma série de sintomas, que podem ir muito além da dor de cabeça. Por sinal, existem casos de crises de enxaqueca sem, ou com muito pouca dor de cabeça.
Geralmente, a dor de cabeça é o sintoma mais dramático da enxaqueca e sua intensidade, apesar de variável, na maioria dos casos é moderada a severa.
A dor de cabeça da enxaqueca pode ser latejante (pulsátil), em peso, ou uma sensação de "pressão para fora", como se a cabeça fosse explodir.
A localização da dor de cabeça da enxaqueca pode variar de crise para crise; raramente dói sempre no mesmo lugar. A dor da enxaqueca pode ocorrer em qualquer lugar da cabeça, inclusive na região dos dentes, dos seios da face e da nuca, dando origem à confusão com problemas dentários, de sinusite e de coluna.
Os demais sintomas da enxaqueca compreendem náuseas (enjôo), vômitos, aversão à claridade, ao barulho, aos cheiros, hipersensibilidade do couro cabeludo, visão embaçada, irritabilidade, flutuações do humor, ansiedade, depressão (mesmo fora das crises) e lacrimejamento. Um indivíduo não precisa apresentar todos estes sintomas para ter enxaqueca. Normalmente apresenta alguns deles, em graus variados.
A duração de uma crise de enxaqueca é, tipicamente, de 3 horas a 3 dias, seguida de um período variável sem nenhuma dor de cabeça. A crise de enxaqueca pode ser precedida por uma alteração do humor (euforia em alguns casos, depressão e irritabilidade em outros) e do apetite (vontade de comer doces, ou então perda de apetite), visão embaçada, visão dupla, escurecimento da visão (cegueira parcial) de um ou ambos os olhos, e sensação de estar vendo pontos brilhantes, como se fossem vaga-lumes.
Entre outros sintomas da enxaqueca, estão incluídos: diminuição da força muscular de um lado do corpo, formigamentos, tonturas, diarreia, podendo também ocorrer as manifestações visuais já descritas.
A dor de cabeça da enxaqueca pode ser muito forte, a ponto de impedir o indivíduo de exercer qualquer atividade, obrigando-o a ficar deitado, num quarto escuro, em silêncio, durante horas ou dias. O paciente torna-se muito irritável, preferindo ser deixado sozinho.
Boa parte das crises de enxaquecas terminam com o sono, ou então quando a pessoa vomita (principalmente as crianças). Ao fim de uma crise de enxaqueca, o paciente sente-se como que de ressaca, podendo apresentar, por mais de um dia, tolerância limitada para atividade física e mental.

Curiosidades sobre a enxaqueca

Alimentação
O “NHS Choices”, site do Departamento de Saúde do Reino Unido, cita alguns alimentos que mais frequentemente provocam as crises de enxaqueca: queijo, trigo, chá preto, álcool, ovo, café e chocolate. Segundo o órgão, esses alimentos afetam alguns, e não todos os que sofrem da doença.
Cafeína
Ela é vista como vilã — e às vezes é mesmo. Mas também ajuda a controlar as crises. Aliás, parte dos remédios indicados tem a substância na fórmula.
Atividade física
Exercícios ajudam a controlar a enxaqueca, segundo uma série de estudos. Na hora da crise, entretanto, é melhor evitá-los, pois eles podem piorar as dores.
Acupuntura
A dor de cabeça está entre os dez maiores motivos de consultas médicas no mundo. Além de mudanças no estilo de vida, a acupuntura é indicada para tratá-la, pois estimula pontos específicos que levam à liberação de analgésicos naturais.
Automedicação
O uso excessivo de analgésicos provoca o chamado “efeito rebote”, ou seja, o retorno da dor. Além disso, pode causar intoxicação e dependência. Procure um médico para saber quais e como usar os remédios contra a dor.
Melatonina

A melatonina - hormônio produzido naturalmente pelo corpo e que influência a regulação do sono - tem sido apontada como uma substância que também ajuda no controle da enxaqueca. 

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

OMS recomenda antirretrovirais para gays como prevenção ao HIV


    Getty


OMS agora recomenda consumo de antirretrovirais como prevenção ao HIV para certos grupos da população        
            

       A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou, pela primeira vez, que homens gays ativos tomem medicamentos antirretrovirais além de usar preservativos para evitar contaminação pelo HIV. A organização afirma que o que chama de "medicamento de profilaxia pré-exposição" pode reduzir a incidência do HIV entre 20% e 25% globalmente, segundo estimativas.Isto evitaria, segundo os cálculos da OMS, até 1 milhão de novos casos nesse grupo em um período de dez anos. A entidade diz que esse grupo tem 19 vezes mais chance de contrair o HIV do que a população em geral.

"Taxas de infecção por HIV entre homens que têm relações sexuais com homens continuam altas quase em todos os lugares, e novas opções de prevenção são necessárias com urgência", afirmou a OMS em relatório divulgado nesta sexta-feira. A OMS define que a "profilaxia pré-exposição é uma forma de as pessoas que não têm HIV, mas que correm o risco de infecção, prevenirem-se tomando uma única pílula (geralmente uma combinação de dois antirretrovirais) todos os dias". Mas Gottfried Himschall, diretor do departamento de HIV da OMS, ressaltou à agência France Presse que "em um relacionamento estável em que ambos são soronegativos e não há risco, não há motivo algum para ingerir o medicamento".
       A OMS também afirmou em sua declaração que grupos importantes - não apenas homens que têm relações sexuais com homens, mas também "detentos em prisões, pessoas que usam drogas injetáveis, prostitutas e transgêneros" - não estão recebendo serviços adequados em prevenção e tratamento do HIV e isso ameaça a resposta global ao avanço do vírus.
"Estas pessoas estão sob risco maior de infecção por HIV e, ainda assim, são as que têm menores possibilidades de acesso à prevenção do HIV, exames e serviços de tratamento. Em muitos países eles são deixados de fora dos planos nacionais (de combate ao) HIV e leis e políticas discriminatórias são grandes obstáculos ao acesso", informou a organização.

Reduzindo novas infecções


       As novas diretrizes destacam medidas que os países podem adotar para reduzir o número de novos casos de infecção por HIV e aumentar o acesso aos exames para detectar o vírus, tratamento e cuidado para as chamadas cinco "populações-chave": homens que têm relações sexuais com homens, detentos em prisões, pessoas que usam drogas injetáveis, prostitutas e transgêneros. De acordo com a OMS estas populações são definidas como grupos que, devido a comportamentos específicos e de alto risco, têm um risco maior de contrair HIV.
"E também eles frequentemente têm questões legais e sociais relacionadas as seus comportamentos que aumentam a vulnerabilidade ao HIV", acrescentou a organização.


A OMS determinou o nível de risco destas populações.
"Estudos indicam que prostitutas têm 14 vezes mais chances de contrair o HIV do que outras mulheres, homens que têm relações sexuais com homens têm 19 vezes mais chances de ter HIV do que a população em geral e mulheres transgêneros têm quase 50 vezes mais chances de ter o HIV do que outros adultos. Para as pessoas que injetam drogas, os estudos mostram que os riscos de infecção por HIV também pode ser 50 vezes maior do que na população geral", informou a OMS em sua declaração.
"Nenhuma destas pessoas vive em isolamento", disse Himschall.
"Prostitutas e seus clientes têm maridos, esposas e parceiros. Alguns injetam drogas. Muitos têm filhos. O fracasso no fornecimento de serviços para as pessoas que estão expostas ao maior risco de HIV ameaça o progresso contra a epidemia global e ameaça a saúde e bem-estar dos indivíduos, suas famílias e de toda a comunidade", acrescentou.



Faça o teste rápido!!!!


Fontes:
http://saude.ig.com.br/minhasaude/2014-07-11/oms-recomenda-que-gays-tenham-acesso-a-antirretrovirais-para-prevencao-do-hiv.html

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140711_oms_hiv_remedios_preventivos_fn#_=_

Infecção urinária

Fazer xixi o tempo todo é motivo de alerta? É possível transmitir infecção urinária sexualmente? Por que o problema é mais comum entre as mulheres? Se você não sabe responder algumas dessas perguntas, mantenha a calma! As causas, sintomas e tratamentos da infecção urinária ainda geram dúvidas, mas acredite, o problema é mais frequente do que se imagina. “É a infecção mais comum no ser humano. Perde apenas para as gripes, que são causadas por vírus e não bactérias”, explica o urologista Conrado Alvarenga, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.


O que causa a infecção urinária?
A infecção urinária é a presença de bactérias no trato urinário, que vem acompanhada de alguns sintomas incômodos. Quando essa infecção acomete a bexiga é chamada de cistite e quando afeta os rins, pielonefrite. No geral, o problema é causado principalmente por germes vindos do intestino. Tanto que, segundo o urologista Milton Skaff Junior, em 85% dos casos, o problema é provocado por uma bactéria intestinal chamada Escherichia coli. 
Normalmente, tanto o homem quanto a mulher têm condições de evitar que isso ocorra, porque existem barreiras imunológicas capazes de impedir que elas atinjam a bexiga. Todavia, por alterações anatômicas ou razões ainda não totalmente compreendidas, a infecção acontece.

Pode ser transmitida sexualmente?
Provavelmente, uma em cada quatro mulheres vai ter cistite no decorrer da vida. De acordo com o urologista Adriano Cardoso Pinto, a causa mais comum da infecção urinária não é a transmissão sexual, mas sim uma transmissão ambiental. Ainda assim, vale tomar cuidado. “Mesmo que a transmissão por via sexual seja menos frequente, é preciso lembrar que toda vez em que existir uma bactéria em um dos parceiros, ela pode ser transmitida sexualmente. Se alguém tiver uma infecção urinária com um germe chamado clamídia, por exemplo, ela pode sim comprometer a via urinária e sexual”, alertou. Assim, infecção urinária não é uma doença sexualmente transmissível, mas pode ser facilitada pelo ato sexual, decorrente a anatomia feminina, levando contaminantes através da penetração.

Existem pessoas com predisposição a ter infecções urinárias?
Sim. Há vários motivos que podem facilitar esse problema. Segundo o urologista Milton Skaff Junior, é preciso ficar atento com casos na família, já que os fatores hereditários aumentam as possibilidades, além da baixa resistência e doenças como AIDS, diabetes e câncer, que também são agravantes. “Outros fatores que estão associados à infecção urinária são uso de espermicidas, múltiplos parceiros, cálculo urinário, resíduo urinário elevado e uso de sondas urinárias”. 

Quais são os sintomas?
Dependendo do quadro da infecção, os sintomas podem variar. “Quando a infecção é inicial e só acomete a bexiga, os sintomas são ardência para urinar, aumento da frequência de ir ao banheiro urinar e urgência para urinar. Estes sintomas são típicos da cistite, ou seja, a infecção urinária que acomete apenas a bexiga e não os rins. Quando uma cistite se transforma em uma pielonefrite, ou seja, a infecção no rim, os sintomas são mais fortes e o quadro mais sério e potencialmente grave. Geralmente há febre, vômitos, dores nas costas e o estado geral fica muito comprometido”, explica o urologista Conrado Alvarenga.

Como é feito o diagnóstico?
A partir do momento em que o paciente apresentar sintomas da infecção urinária e tiver suspeitas do problema, é recomendado procurar um médico. No geral, o diagnóstico é feito por meio do exame de urina, que mostra a quantidade de germes presentes no trato urinário.

Por que a infecção urinária é mais comum entre as mulheres?
Aproximadamente 15% ou 20% dos casos de infecção urinária são em homens e 80% afetam as mulheres, segundo o urologista Adriano Cardoso Pinto. E isso acontece porque o principal reservatório de bactérias do organismo é o intestino. “Como o ânus é muito próximo da vagina, essa região pode acabar colonizada com bactérias que acabam no sistema urinário. A distância entre o ânus e a vagina é muito menor que o ânus e o canal da uretra no pênis. E esse é o principal fator que diminui os riscos de infecção urinária nos homens”, explicou.

Qual o tratamento para a infecção urinária?
Normalmente, o tratamento é feito com antibióticos e a escolha deve ser baseada no resultado do exame de urina. Nos casos mais leves, o medicamento pode ser ingerido por via oral. Já nos mais graves, devem ser administrados na veia.


O que acontece quando a infecção urinária não é tratada?
Quando não tratada, a infecção tende a evoluir. “Uma infecção urinaria simples, como uma cistite, quando não tratada adequadamente ou no tempo certo, pode se transformar em uma pielonefrite, que pode gerar um quadro de infecção generalizada, conhecido como sepse. Além disso, pode levar a formação de abscessos no rim”, alertou Conrado Alvarenga.


Como evitar a infecção urinária?
Apesar de alguns fatores contribuírem para o surgimento da infecção urinária, é possível prevenir o problema com algumas medidas. “As principais dicas são beber muita água - de forma que a urina saia de forma límpida -, urinar depois da relação sexual, não segurar urina por muito tempo e caso este seja um problema recorrente, procurar um urologista para investigar outros fatores que possam estar relacionados à infecção urinária de repetição”, aconselha Milton Skaff Junior.


Fontes:
Infecção urinária: tire 10 dúvidas sobre o problema - http://saude.terra.com.br/doencas-e-tratamentos/infeccao-urinaria-tire-10-duvidas-sobre-o-problema
Cistite - http://drauziovarella.com.br/

domingo, 4 de janeiro de 2015

Uso de inibidores de apetite na obesidade

A decisão do Senado de liberar os inibidores de apetite no mercado brasileiro vai permitir que obesos voltem a usar remédios à base de anfetamina para emagrecer. O uso desses medicamentos estava banido pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2011.

remédios

Os remédios anfepramona, femproporex e mazindol, indicados para o tratamento da obesidade, foram retirados de circulação no país com o objetivo de acabar com o consumo sem prescrição médica. Não raro esses medicamentos eram usados como "rebite" por caminhoneiros, misturados com bebidas alcoólicas em festas e para emagrecimento rápido sem qualquer orientação.

Segundo especialistas, essas práticas somadas ao uso abusivo podem causar problemas de saúde como taquicardia e arritmia. A proibição desagradou endocrinologistas que usavam as medicações para combater a obesidade.

Com a liberação dos registros desses remédios conhecidos também como anfetamínicos ou anorexígenos, o debate sobre seus benefícios e malefícios volta à tona. Afinal, o consumo faz bem ou faz mal?

Remédios indicados para obesos

De acordo com o Ministério da Saúde, em pesquisa divulgada em abril deste ano, após oito anos em ascensão, a obesidade parou de crescer no Brasil. Apesar da estabilidade, metade da população adulta brasileira ainda segue acima do peso, sendo que 50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal e que, destes, 17,5% são obesos.

O uso da anfepramona, do femproporex e do mazindol é indicado para pessoas com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 30, valor que indica obesidade. Uma pessoa com IMC na faixa entre 18,5 e 24,9 tem peso considerado normal, e com IMC entre 25 e 29,9 tem sobrepeso. O cálculo é feito pela divisão do peso pela altura ao quadrado.

Tais medicamentos atuam no sistema nervoso central, diminuindo a fome, a vontade de comer a toda hora e acelerando o metabolismo. Juntas, essas características permitem que o usuário emagreça rapidamente. "Quando você usa os anorexígenos, a fome diminui e cai a procura por alimento. A pessoa se sente mais ativa. Mas esses remédios são mais eficientes para quem tem um padrão compulsivo, comum nos obesos que beliscam e se lembram de comida o tempo todo", diz o endocrinologista e nutrólogo João César Castro Soares, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).


O tratamento com os anfetamínicos deve ser feito juntamente com exercícios físicos e um programa de reeducação alimentar para evitar o ganho de peso após deixar de tomar o medicamento."A medicação facilita a mudança no estilo de vida do obeso. Só que não adianta somente dar remédio. O paciente deve passar por um nutricionista e reforçar a melhora na atividade física", diz Maria Edna de Melo, diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade).

Por ser considerada uma doença compulsiva, a obesidade tem o agravante de nem sempre ser tratada com exercícios e uma alimentação mais equilibrada. Por isso, a endocrinologista defende o uso da medicação por pelo menos seis meses. "A reeducação é uma palavra bonita, mas funciona como exceção. Se fosse fácil [o obeso emagrecer] não teríamos essa epidemia de obesidade. Quem vive assim naturalmente procura por alimentos mais calóricos. O cérebro do obeso o faz pensar diferente, agir diferente, a doença é mais forte", diz Maria Edna de Melo. "Nem vale a pena fazer um tratamento para a obesidade em curto prazo porque ele vai ganhar peso depois. É necessário garantir a manutenção desse peso e a redução de doenças, como a hipertensão e o diabetes", completa.

Antes da proibição, o tempo indicado para o uso de anfetamínicos era de, no máximo, três meses para evitar problemas de saúde. Como as farmacêuticas terão de pedir novos registros à ANVISA, que terá meses para avaliá-los e concedê-los, não se sabe ainda se haverá alguma mudança nesse sentido.




Sintomas podem indicar perigo


A excitação causada pelo anfetamínicos, por sua vez, pode causar insônia, irritação, palpitação, sensação de boca seca e ressecamento intestinal. Por isso, devem ser evitados por quem tem problemas cardíacos, pressão alta não controlada, por quem já sofreu derrame ou usa algum medicamento psiquiátrico, segundo o cardiologista Marcelo Sampaio, chefe do laboratório de biologia molecular do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo. Em pessoas mais sensíveis à medicação, o uso pode ainda causar arritmia e taquicardia, por isso só deve ser indicado após a avaliação de um cardiologista, diz Sampaio.

Outro medicamento muito utilizado para emagrecimento é a sibutramina:


Fonte:
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2014/09/15/inibidores-de-apetite-voltam-ao-mercado-veja-mitos-e-verdades-sobre-eles.htm


quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Entendendo o uso de canabidiol no Brasil


O Conselho Federal de Medicina autorizou os médicos a receitar o canabidiol, remédio derivado da maconha usado no tratamento de crianças e adolescentes que sofrem de epilepsia. Os médicos agora podem prescrever, mas para importar esse remédio ainda têm que ter uma autorização para cada caso, porque ainda é proibida pela ANVISA essa substância.
Os obstáculos ainda existem. Por enquanto, a ANVISA analisa caso a caso e tem dado autorizações especiais para a importação. Quem consegue essa autorização pode comprar o medicamento, que custa caro.
Há oito meses, Benício não andava. Ficava apenas no colo. Chegava a ter até 20 convulsões por dia. O menino, de 6 anos, tem uma doença rara que provoca crises epiléticas incontroláveis. Até ele começar a usar o canabidiol. “Então, além dele ter recuperado o controle do sistema nervoso, ele ganhou uma vida que ele não tinha. Ele tem se desenvolvido nesses últimos oito meses aquilo que ele não desenvolveu nos outros seis anos de vida que ele já tem”, afirma o mastologista Leandro Ramires da Silva.
O canabidiol é uma substância extraída da maconha, que apesar de não ter efeito alucinógeno é proibida no Brasil. Muitos pacientes, como o Benício, estão importando o extrato de outros países. E agora os médicos têm uma orientação sobre como prescrever esse princípio ativo. A norma do Conselho Federal de Medicina determina que somente neurologistas, neurocirurgiões e psiquiatras podem receitar o canabidiol e somente para crianças e adolescentes que não responderem ao tratamento com medicamentos já conhecidos contra crises epiléticas.


Também determina que o canabidiol só pode ser usado para complementar o tratamento, sem substituir os medicamentos regulares. A dosagem também precisa ser gradual. Para isso, o médico deverá informar a cada quatro semanas ao CFM os resultados do tratamento de cada paciente.
Apesar da resolução do Conselho Federal de Medicina, o canabidiol ainda é uma substância proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Para importar o produto, é preciso conseguir uma autorização especial da Anvisa, que demora, em média, uma semana para sair. Depois disso, o paciente tem que providenciar por conta própria a compra do canabidiol, que não é barato.

Até novembro de 2014, 238 pedidos já foram autorizados pela ANVISA

“Esse extrato de canabidiol importado custa US$ 499, e isso dá para durar aproximadamente 30 dias. E as crianças que não tem essa condição?”, diz o mastologista Leandro Ramires da Silva.
A ANVISA estuda alterar a classificação do canabidiol de substância proibida para substância controlada.