segunda-feira, 6 de março de 2017

Farmacovigilância: uma aliada contra o uso irracional  de medicamentos e reações adversas consequentes de seu uso


          No mundo, o consumo de medicamentos tem crescido vertiginosamente. Atualmente, uma gama de medicamentos é encontrada no mercado para diversas doenças do organismo, e diferentes profissionais especializados em determinadas áreas os prescrevem aos pacientes muitas vezes indiscriminadamente.
      O problema de diversos medicamentos, com funções diferenciadas, agindo num mesmo organismo está em sua capacidade de alterar suas funções, como absorção de  substâncias, bem como sua excreção, alteração da homeostasia, de temperatura, hipersensibilidade, entre outros quadros encontrados. 
          Um medicamento administrado de forma irracional, muitas vezes sem a orientação profissional necessária, pode gerar um desequilíbrio no organismo e com isso gerar reações adversas desde leves a graves.
fonte: Farmacêutica Curiosa

Como é assegurada a qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos?

É importante assegurar a qualidade, eficácia e segurança de todos os medicamentos comercializados. Para isso, são feitos testes pré-clínicos e clínicos, separados em 4 fases. A primeira acontece com um número reduzido de pacientes saudáveis para uma avaliação da farmacocinética e farmacodinâmica do fármaco; a segunda utiliza um número pequeno de enfermos e avalia a terapêutica, além das reações adversas graves ou leves; e a terceira já é um ensaio clínico controlado com maior número de pacientes avaliando também a frequência dos efeitos adversos além de verificar a terapêutica estudada. Após estas fases, o fármaco aprovado pode ser comercializado mas ainda será fiscalizado através da farmacovigilância, pois apesar dos estudos anteriores detectarem algumas reações adversas e mesmo havendo legislações e regulamentos rigorosos, algumas só são identificadas na prática clínica habitual.
A farmacovigilância se encaixa na quarta fase de aprovação do medicamento e é imprescindível para fazer o controle pós comercialização do deste fármaco. Nesses estudos é possível encontrar novas terapêuticas associadas ao medicamento, quantificar e avaliar os casos relatados de reações adversas e em casos de extrapolação destes, tomar as devidas atitudes junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA além de  alertar aos consumidores sobre os riscos de determinada medicação. Os centros de farmacovigilância podem servir também como intermédio entre empresa e consumidor, prezando pela melhora da qualidade dos medicamentos disponibilizados e o menor risco a saúde.
fonte: Jornal da Orla

Como posso notificar?

Você como paciente é responsável por comunicar ao seu médico, ou farmacêutico, sintomas sentidos após o início do uso de um medicamento. Notificar é fácil e rápido e contribui para o melhoramento desses medicamentos, além de fornecer dados estatísticos para aumentar o conhecimento sobre eles após serem comercializados.
Existem também os centros de farmacovigilância que podem te ajudar a relatar o seu problema. Mas para isso é importante que você tenha consigo algumas informações contidas na embalagem do medicamento, além de informações quanto aos sintomas e sinais apresentados, interrupção do tratamento, interações com outras substâncias. Tendo isso em mãos é só acessar o link http://www.unifal-mg.edu.br/cefal/?q=notificacao e fazer a sua notificação.
A sua notificação será estudada pelos integrantes do centro de farmacovigilância e encaminhados para a ANVISA e para a empresa responsável pelo produto, e partir disso, teremos uma resposta quanto a sua notificação. Por isso é importante que toda reação adversa, ou queixa técnica, seja notificada para alimentar a cadeia de dados da farmacovigilância que visa manter a qualidade dos medicamentos que chegam até você!
fonte: Noticia Exata

NOTIFICAÇÃO
Você sabia que quando você toma um medicamento e tem uma reação adversa (uma resposta indesejada do seu corpo ao medicamento) você deve notificar, ou seja, comunicar a ANVISA ou a um Centro de Farmacovigilância?
Essa atitude é muito importante, pois a indústria que produz o remédio vai passar a ter conhecimento do que este está causando no paciente, e se irá retirar o medicamento do mercado ou não, caso o número de reações estejam aumentando (o que mostra que ele está causando mal a nós e não resolvendo nosso problema de saúde).
O mesmo deve ser feito quando você compra, por exemplo, uma caixinha de medicamentos e um deles vem quebrado ou com uma cor diferente.
Conheça o CEFAL (Centro de Farmacovigilância da Universidade Federal de Alfenas) e um pouco mais sobre a notificação.
Notifique!




Referências
VALSECIA. M FARMACOVIGILANCIA Y MECANISMOS DE REACCIONES ADVERSAS A MEDICAMENTOS. Boletim eletrônico de Fármacos. Cap. 13; PAG, 136 Disponível em http://med.unne.edu.ar/sitio/multimedia/imagenes/ckfinder/files/files/13_farmacovigi.pdf. Acesso em 06/03/2017.

 IVAMA A. M.; SOUZA N. R.; A Importância da Farmacovigilância: Monitorização da Segurança dos Medicamentos. Revista Racine. Disponível em <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33868/2894427/Monitoriza%C3%A7%C3%A3o+da+Seguran%C3%A7a+dos+Medicamentos/53cf681a-ae19-4b2e-9fc2-517b3249588c?version=1.1> Acesso em 06/03/2017.