domingo, 31 de janeiro de 2016

ESTUDO DIRIGIDO 6 - ALZHEIMER


Um pouco sobre a patologia

No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas sofrem do Mal de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).
A doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum, sendo uma doença neuro-degenerativa, quando o cérebro não mais consegue funcionar corretamente. O Alzheimer causa problemas na memória, pensamento e comportamento. Nos estágios iniciais, os sintomas de demência podem ser mínimos, mas pioram conforme a doença progride, ou seja, causa mais danos ao cérebro.  

A doença se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.


No início, o paciente começa a perder sua memória mais recente, podendo lembrar com precisão acontecimentos de anos atrás, mas esquecer ações que acabou de executar, como por exemplo, que acabou de fazer uma refeição. Com a evolução do quadro, o Alzheimer causa grande impacto no cotidiano da pessoa e afeta a capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem. A pessoa fica cada vez mais dependente da ajuda, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação.

Sintomas


A doença de Alzheimer instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

E quais são os fatores de risco?

ü  Idade: Após os 65 anos, o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos.
ü  Outras patologias: hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo.
ü  Não é hereditária, mas pessoas da família possuem mais chances de desenvolver a doença quando comparada a pessoas que não possuem histórico familiar.
ü  Escolaridade: O analfabetismo e a baixa escolaridade estão associados à maior prevalência, uma vez que uma maior aquisição de conhecimentos cria novas conexões entre os neurônios (faz o cérebro trabalhar mais) e isso retarda o aparecimento de sinais de demência.
ü  Há uma predominância da doença no sexo feminino.

E como diagnosticar?
É muito comum que os sintomas iniciais da Doença de Alzheimer (DA) sejam confundidos com o processo de envelhecimento normal, o que pode levar a um diagnóstico tardio do quadro.
Os exames para diagnostico consistem em uma extensa bateria de exames avaliando as funções cognitivas do paciente. É muito importante também realizar exames para analisar o cérebro e descartar a hipótese de se tratar de outra doença.


E o tratamento?

NÃO HÁ CURA para o Alzheimer! O tratamento irá proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente, aliviando os sintomas existentes e permitindo que a progressão da doença seja mais lenta.

A acetilcolina é um neurotransmissor importante nos mecanismos de memória e aprendizagem. Na doença de Alzheimer, como consequência da degeneração dos neurônios, ocorre redução da atividade da acetilcolina por ação de enzimas que a degradam. Embora várias drogas estejam sendo testadas, atualmente, o tratamento mais eficaz se baseia na utilização das que inibem a ação enzimática responsável pela degradação da acetilcolina (inibidores da acetilcolinesterase).

Os medicamentos mais utilizados para a doença são:

Donepezila, rivastigmina e galantamina são usados para tratar doença de Alzheimer em estágio moderado (donepezila também pode ser usada para doença de Alzheimer em estágio severo). Memantina é usada para tratar a doença em estágio moderado a severo.

Algumas considerações

Efeitos colaterais

As drogas pertencentes ao grupo dos anticolinesterásicos podem provocar sintomas gastrointestinais, circulatórios e alterações relacionadas com o sistema nervoso central. Na maioria das vezes, esses efeitos indesejáveis são passageiros, de curta duração e podem ser controlados ou desaparecer quando o médico reajusta as doses.

Duração do tratamento

Uma vez iniciado, o tratamento precisa ser reavaliado pelo médico ao completar um mês, mas deve ser mantido obrigatoriamente por um período mínimo de 3 a 6 meses, para que se possa ter ideia da eficácia. Enquanto a resposta for favorável, o medicamento não deve ser suspenso.

Adesão

É fundamental obedecer as doses e os horários de administração do medicamento, pois a administração irregular compromete o resultado final.


FONTES:
Associação brasileira do Alzheimer <http://abraz.org.br/sobre-alzheimer>
Informações sobre Alzheimer e demência <http://alz.org/br/demencia-alzheimer-brasil>
Drauzio Varella <http://drauziovarella.com.br/envelhecimento/doenca-de-alzheimer>

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

ESTUDO DIRIGIDO 5 - DIPIRONA

USO
A dipirona sódica é um medicamento analgésico, antitérmico e antipirético (abaixa a temperatura corpórea) muito utilizado no tratamento de dores e febre, normalmente provocados por gripes e resfriados, por exemplo.
Pode ser comprada nas farmácias com os nomes comerciais - Novalgina, Anador, Baralgin, Nofebrin, sob a forma de gotas, comprimidos, supositórios ou como solução injetável. 
MECANISMO DE AÇÃO
O mecanismo de ação da dipirona é via inibição da síntese de prostaglandina. A dipirona tem demonstrado inibir a ciclooxigenase, síntese do tromboxano, a agregação plaquetária induzida pelo ácido araquidônico e a síntese total de prostaglandina E1 e E2. A ação da droga pode ser tanto central como periférica. Há evidências de que a ação central da dipirona no hipotálamo reduz a febre. 
ESTRUTURA QUÍMICA

Dipirona

Observando a molécula da dipirona, é possível identificar duas estruturas ligantes que tem papéis importantes no mecanismo de ação deste fármaco. O primeiro é o grupamento benzoil, que tem atividade anestésica comprovada.

Benzoil (benzil ou fenil)

Outro ligante de importância na estrutura da dipirona é o grupamento sulfato, responsável por sua alta solubilidade em água e pela sua facilidade de absorção, é potencialmente agressivo para a medula óssea, podendo causar desde neutropenias (contagem de neutrófilos maduro está abaixo do ideal), agranulocitoses (falta ou redução intensa dos leucócitos granulócitos - neutrófilos, basófilos e eosinófilos) , até aplasia de medula óssea (alteração do funcionamento da medula), uma patologia hematopoiética muito severa que só tem um tratamento, o transplante de medula óssea que, se não realizado em tempo, pode levar o indivíduo ao óbito.

Sulfato


PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS

A dipirona é rapidamente e totalmente absorvida no trato gastrintestinal, atingindo a concentração máxima em 1 a 2 horas. Tanto o fármaco matriz quanto seus metabólitos ligam-se fracamente às proteínas plasmáticas e difundem-se rápida e uniformemente nos tecidos.
A dipirona é metabolizada no trato intestinal a um metabólito ativo, 4-metilaminoantipirina. No fígado, o 4-metilaminoantipirina é metabolizado a vários outros metabólitos, incluindo o metabólito ativo, 4-aminoantipirina.
A meia-vida de eliminação é de cerca de 7 horas. Os metabólitos são totalmente eliminados pelos rins.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

ü  Acelera a biotransformação hepática dos anticoagulantes cumarínicos (ex: Varfarina) e assim, diminui o tempo de ação destes.
ü  Diminui o nível sanguíneo da ciclosporina (imunossupressor).
ü  O uso concomitante de clorpromazina (utilizada no tratamento da esquizofrenia) e dipirona pode produzir hipotermia grave.
ü  Os agentes nefrotóxicos exercem efeito aditivo, interferindo com a função renal.
ü  O alopurinol (utilizado para crises de gota e outras situações em que há excesso de ácido úrico) pode inibir enzimas hepáticas, devendo-se diminuir a dose.
ü  Os anticoncepcionais orais prolongam os níveis plasmáticos da dipirona e em consequência, aumentam o seu período de atividade.
ü  Os barbitúricos (ansiolítico) diminuem o efeito da dipirona, devendo-se aumentar a dose para alcançar o efeito desejado.

Interações alimentares: Não há dados em literatura que demonstrem interações de dipirona com alimentos.

REAÇÕES ADVERSAS

As reações de sensibilidade independem da dose de dipirona administrada.
Como reações graves podem ocorrer choque e alterações sanguíneas (agranulocitose, leucopenia e trombocitopenia), embora raras, são mortais em mais de 10% dos casos.
As manifestações relacionadas à agranulocitose incluem: febre alta, calafrios, dor de garganta, dificuldade na deglutição, lesões inflamatórias na boca, nariz e garganta, assim como nas regiões anal e genital.
A outra principal forma de hipersensibilidade é o choque. Os sinais de choque iminente são: suor frio, vertigem, torpor, náusea, alteração da coloração da pele e falta de ar.
Outros efeitos indesejados, que podem ocorrer, incluem reações de hipersensibilidade que afetam a pele (urticária), a conjuntiva e a mucosa nasofaríngea, muito raramente progredindo para reações cutâneas bolhosas, às vezes com risco de vida, geralmente com comprometimento da mucosa (síndrome de Stevens-Johnson ou síndrome de Lyell).



PROIBIÇÃO DA DIPIRONA

A dipirona sódica foi confirmada em estudos tendo relações de aplasia medular em usos prolongados, além de agranulocitose.
Alguns países restringiram as associações ao uso hospitalar ou apenas na forma injetável. Nos EUA foi retirado do mercado e proibido para exportação pelo FDA. Na Austrália, o Departamento de Saúde proibiu sua importação em 1965 e na Noruega foi retirada do mercado.
A dipirona foi proibida nos EUA há trinta anos, após estudos terem revelado que seu uso ocasionaria uma doença fatal, a agranulocitose, que se caracteriza pela redução da quantidade de glóbulos brancos no sangue. Hoje, alguns países permitem seu uso hospitalar ou sob prescrição médica, mas apenas alguns países permitem sua comercialização irrestrita, como ocorre no Brasil. Dezessete países já proibiram a dipirona, que está presente em remédios como Anador, Buscopan composto, Doralgina, Dorflex, Doril P, Espamodid Composto, Inib-Dor, Lisador, Neosaldina, Novalgina, Reflex e supositórios para uso adulto e infantil.
Porém, estudos realizados no Brasil e em outros países indicam dados diferentes dos levantados nos Estados Unidos, aparentando uma possível tendência comercial nas decisões do FDA. 

Fontes
Bula online da EMS; Bulas MED; Medicina NET;
Dipirona - Ciências da Saúde - http://www.antonini.com.br/geral/dipirona.html

domingo, 10 de janeiro de 2016

ESTUDO DIRIGIDO 4 - AMOXICILINA

Grupo dos beta-lactâmicos - São uma classe ampla de antibióticos, que inclui a penicilina e seus derivados, que possuem o núcleo β-lactâmico em sua estrutura molecular. É o grupo mais usado de antibióticos.

Tem um amplo espectro de atividade antibacteriana contra muitos microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, agindo através da inibição da biossíntese do mucopeptídeo das paredes das células das bactérias. Tem rápida ação bactericida e o mesmo perfil de segurança do grupo das penicilinas.

Formas farmacêuticas: cápsula oral, pó para suspensão oral, comprimido oral, comprimido para mastigar, comprimidos orais de liberação estendida. 

USO

A amoxicilina é um antibiótico de amplo espectro. É usado para tratar vários tipos de infecção causada por bactérias, tais como tonsilite (amidalite – infecção das amidalas), bronquite, pneumonia, gonorreia, e infecções do ouvido, nariz, garganta, pele, ou do trato urinário.Também é usada em conjunto com outro antibiótico chamado Claritromicina, para tratar úlceras causadas pela infecção por Helicobacter pylori

A administração oral, geralmente segue o esquema de doses de três vezes ao dia, alcançando altos níveis séricos e a sua eliminação é via renal. 

CEPAS SENSÍVEIS A AMOXICILINA 

Gram-positivos
Streptococcus faecalis, Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes, Streptococcus viridans, Staphylococcus aureus sensível à penicilina, espécies de Corynebacterium, Bacillus anthracis, Listeria monocytogenes. 

Gram-negativos
Haemophilus influenzae, Escherichia coli, Proteus mirabilis, espécies de Salmonella, espécies de Shigella, Neisseria gonorrhoeae, Neisseria meningitidis, Vibrio cholerae, H. pylori.



ALGUMAS INTERAÇÕES 

Interação GRAVE: metotrexato (antitumoral) ↔ amoxicilina

Amoxicilina, especialmente quando administrados em dosagens elevadas para infecções graves, pode aumentar os níveis sanguíneos e efeitos de metotrexato. Pode também aumentar as reações adversas, como náuseas, vômitos, úlceras na boca, e baixa contagem de células do sangue, o que pode tornar o paciente mais propenso a desenvolver anemia, problemas de sangramento e infecções.

Interação MODERADA: amoxicilina ↔ etinilestradiol/levonorgestrel (hormônios que entram na composição de anticoncepcionais)

Alguns antibióticos, como amoxicilina, podem reduzir os efeitos de etinilestradiol em algumas mulheres, podendo aumentar o risco de gravidez indesejada e sangramento de escape.

Interação MODERADA: amoxicilina↔ doxiciclina (antibiótico de amplo espectro, da classe das tetraciclinas)

Combinando estes medicamentos podem reduzir a eficácia da amoxicilina.

Beta-lactâmicos ↔ disfunção renal
A maioria dos antibióticos beta-lactâmicos são eliminados pelos rins como fármaco inalterado e, em alguns casos, também na forma de metabolitos. As concentrações séricas de antibióticos beta-lactâmicos e seus metabólitos pode ser aumentada e as meias-vidas prolongada em doentes com insuficiência renal. O ajuste da dosagem pode ser necessário e modificações devem basear-se no grau de insuficiência renal, bem como na gravidade da infecção.

E a associação de Amoxicilina com ácido clavulânico? 


É o antibiótico betalactâmico associado a um inibidor das betalactamases.
A combinação de amoxicilina com clavulanato de potássio (sal do ácido clavulânico) permite o tratamento de infecções por bactérias que resistem à amoxicilina, por produzir beta-lactamases.
O clavulanato de potássio inibe de forma irreversível as beta-lactamases e não possui atividade antibacteriana. 

NOTIFICAÇÃO
Você sabia que quando você toma um medicamento e tem uma reação adversa (uma resposta indesejada do seu corpo ao medicamento) você deve notificar, ou seja, comunicar a ANVISA ou a um Centro de Farmacovigilância?
Essa atitude é muito importante, pois a indústria que produz o remédio vai passar a ter conhecimento do que este está causando no paciente, e se irá retirar o medicamento do mercado ou não, caso o número de reações estejam aumentando (o que mostra que ele está causando mal a nós e não resolvendo nosso problema de saúde).
O mesmo deve ser feito quando você compra, por exemplo, uma caixinha de medicamentos e um deles vem quebrado ou com uma cor diferente.
Conheça o CEFAL (Centro de Farmacovigilância da Universidade Federal de Alfenas) e um pouco mais sobre a notificação.
Notifique!


Fontes
Drugs.com
Bulário online 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

ESTUDO DIRIGIDO 3 - SINVASTATINA

Sinvastatina pertence a um grupo de medicamentos chamados inibidores da HMG CoA redutase ou "estatinas". Reduz os níveis de colesterol "mau" (lipoproteína de baixa densidade, ou LDL) e triglicérides no sangue, enquanto aumenta os níveis de colesterol "bom" (lipoproteínas de alta densidade, ou HDL).
A Sinvastatina, diminui a produção de colesterol pelo fígado (a maior fonte de colesterol no organismo) e aumenta a remoção de colesterol da corrente sanguínea pelo fígado.
Assim é utilizada para diminuir o colesterol e triglicerídeos (tipos de gordura) no sangue, também para diminuir o risco de acidente vascular cerebral, ataque cardíaco e outras complicações cardíacas em pessoas com diabetes, doença cardíaca coronária, ou outros fatores de risco.
É usada em adultos e crianças maiores de 10 anos de idade.
ESTE MEDICAMENTO CAUSA MALFORMAÇÃO AO BEBÊ DURANTE A GRAVIDEZ.


O colesterol pode causar doença coronariana (DAC) ao estreitar os vasos sanguíneos que transportam oxigênio e nutrientes para o coração. Esse entupimento, ou endurecimento das artérias é denominado aterosclerose. A aterosclerose pode causar angina (dor no peito) e enfarte do miocárdio (ataque cardíaco). Também, a Sinvastatina retarda a progressão da aterosclerose e reduz o desenvolvimento de mais aterosclerose.


Níveis altos de colesterol podem resultar de vários fatores: alimentação rica em gorduras saturadas (gorduras que ficam sólidas quando expostas ao ar, tal como a manteiga), algumas doenças ou distúrbios genéticos e falta de exercícios físicos. A redução destes altos níveis de colesterol é importante, pois pode ajudar a diminuir o seu risco de ter DAC.

ATENÇÃO
É muito importante informar ao médico sobre o uso de Sinvastatina associada a qualquer um dos medicamentos listados abaixo, pois o risco de problemas musculares nessa situação é maior (veja também a pergunta "Quais efeitos adversos a Sinvastatina pode causar?"):
ü  Ciclosporina (imunossupressor),
ü  Antifúngicos (como o itraconazol ou o cetoconazol),
ü  Derivados do ácido fíbrico (como a genfibrozila e o benzafibrato),
ü  Os antibióticos eritromicina e claritromicina,
ü  Inibidores da protease do HIV (tais como indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir),
ü  Amiodarona (um medicamento utilizado para o tratamento de arritmias cardíacas),
ü  Verapamil ou Diltiazem (medicamentos utilizados no tratamento de hipertensão arterial, angina, ou outras doenças cardíacas),
ü  Também é importante informar ao seu médico se estiver tomando anticoagulantes (medicamentos que evitam a formação de coágulos sanguíneos) como varfarina, e femprocumona, ou fenofibrato, outro derivado do ácido fíbrico.


Vamos entender melhor o que acontece em algumas interações medicamentosas!

Sinvastatina ↔ Amiodarona (fármaco antiarrítmico com potente efeito vasodilator)
Estes dois medicamentos podem aumentar significativamente os níveis sanguíneos de sinvastatina. Isto pode aumentar o risco de efeitos secundários tais como danos no fígado e a rabdomiólise, condição rara, mas grave, que envolve a degradação do tecido muscular esquelético. Em alguns casos, a rabdomiólise pode causar danos nos rins e até mesmo a morte. Pode ser necessário um ajuste de dose ou uma monitorização mais frequente pelo seu médico para usar com segurança os dois medicamentos, ou o seu médico pode prescrever medicamentos alternativos que não interagem.

Sinvastatina ↔ Fluconazol (anti-fungíco)
O fluconazol pode aumentar significativamente os níveis sanguíneos de sinvastatina. Portanto essa associação poderá desencadear o mesmo quadro descrito acima.

Sinvastatina ↔ Rifampicina
A rifampicina podem diminuir os efeitos da sinvastatina. A pravastatina pode ser uma substituição adequada como este medicamento, pois não interage com rifampicina. 

POSOLOGIA:
A dose inicial de Sinvastatina, geralmente é de 20 mg ou 40 mg por dia, administrada em dose única à noite.

REAÇÕES ADVERSAS
Qualquer medicamento pode apresentar efeitos inesperados ou indesejáveis, denominados efeitos adversos. Este medicamento, no geral, é bem tolerado.
A maioria dos efeitos adversos foi de natureza leve e transitória, sendo os mais comuns distúrbios digestivos e os menos comuns, fraqueza e dor de cabeça. Ainda menos comuns são dor, fraqueza musculares, problemas no fígado e hipersensibilidade (reações alérgicas que podem ter sintomas variados, incluindo dor nas articulações, febre e falta de ar).

ALGUMAS DICAS


NOTIFICAÇÃO
Você sabia que quando você toma um medicamento e tem uma reação adversa (uma resposta indesejada do seu corpo ao medicamento) você deve notificar, ou seja, comunicar a ANVISA ou a um Centro de Farmacovigilância?
Essa atitude é muito importante, pois a indústria que produz o remédio vai passar a ter conhecimento do que este está causando no paciente, e se irá retirar o medicamento do mercado ou não, caso o número de reações estejam aumentando (o que mostra que ele está causando mal a nós e não resolvendo nosso problema de saúde).
O mesmo deve ser feito quando você compra, por exemplo, uma caixinha de medicamentos e um deles vem quebrado ou com uma cor diferente.
Conheça o CEFAL (Centro de Farmacovigilância da Universidade Federal de Alfenas) e um pouco mais sobre a notificação.

Notifique!

Fontes:
DRUGS
Bulários online