sábado, 28 de março de 2015

Paracetamol em excesso expõe pacientes a riscos

                O paracetamol é indicado para adultos, sendo útil para o alívio temporário de dores leves a moderadas associadas a gripes e resfriados comuns, dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas, dores leves relacionadas a artrites, dismenorreia e para a redução da febre. 

          Pesquisadores de Leeds (Inglaterra) alertaram recentemente para a possibilidade de médicos subestimarem os riscos a que estão expostos seus pacientes com o uso prolongado do paracetamol, o mais popular entre os analgésicos. Doentes crônicos que recorrem ao medicamento - usualmente, pessoas que costumam ingeri-la diariamente e em grande quantidade por vários anos - tendem a aumentar o risco de morrer ou então desenvolver problemas renais, intestinais,cardíacos e hepáticos, afirmaram os estudiosos.
           Liderada por Philip Conaghan, no Instituto de Medicina Reumática e Músculo-esquelética, a equipe analisou dados a partir de oito estudos já publicados sobre o uso frequente de paracetamol. Os dados disponíveis referem-se apenas a pessoas que tiveram o remédio receitado por um médico e não incluíram quem compra na farmácia por conta própria.Um desses oito estudos tinha constatado uma taxa maior de letalidade, de até 63%, comparando usuários do paracetamol com quem não tinha sido receitado no período em que o estudo foi realizado. Outras quatro pesquisas concluíram elevado risco de problemas cardiovasculares, variando de 19% a 68%. O risco de hemorragia gastro-intestinal e outros efeitos colaterais no intestino chegou ao máximo de 49%.
           Por fim, em três dos trabalhos acadêmicos referenciados houve acordo quanto à ingestão de paracetamol causar problemas no sistema renal. Em todos os casos, os riscos se relacionavam com a quantidade de remédio ingerido - em outras palavras, quanto maior a dose, maior o risco, como publicado no jornal britânico Annals of the Rheumatic Diseases (Anais de Doenças Reumáticas).
         "Mesmo o risco sendo baixo na maior parte das vezes, os médicos deveriam ser cautelosos ao receitar a droga", alertaram os pesquisadores. "Nós acreditamos que o risco real da prescrição do paracetamol seja maior do que percebido atualmente pela comunidade clínica. Justifica-se uma revisão sistêmica da eficácia e da tolerância em condições individuais", acrescentou.
            Eles explicaram que a análise não foi conclusiva a respeito do fato se morte prematura e problemas de saúde seriam causados por uma doença subjacente mais do que pelo paracetamol.

         
           "O paracetamol ainda é o analgésico mais seguro, e este estudo não deveria fazer com que as pessoas parem de tomá-lo", disse Nick Bateman, professor em toxicologia clínica na Universidade de Edimburgo (Escócia). "De posse desses resultados, é aconselhada a menor dosagem em um tempo mais curto e necessário", contou ele ao Centro Britânico de Mídia Científica. "Este é o senso comum para todos os remédios", finalizou.
            Outro especialista no tema, o professor Seif Shaheen, na área de epidemiologia respiratória na Universidade Queen Mary (Londres), concordou com Bateman ao afirmar que "a revisão sobre os efeitos do remédio, dadas as limitações, não fortaleceu a evidência de efeitos prejudiciais causadas pelo paracetamol". "Porém", acrescentou, "seria prudente realizar novas e rigorosas pesquisas sobre possíveis efeitos prejudiciais em torno da droga, usada com frequência".
          Amplamente recomendado como o primeiro passo para acabar com várias dores, o paracetamol é tido por muitas pessoas como mais seguro do que aspirina e ibuprofeno.O novo estudo levou a outras conclusões na pesquisa: na comparação com outros remédios, o paracetamol pode não ter qualquer vantagem para o tratamento de osteoartrite, reumatismo e dores agudas na coluna lombar.
         À luz disso, "deve-se levar em conta um uso mais cauteloso", como sustentado no artigo. "Os médicos devem estar atentos às reações individuais de cada paciente ao paracetamol, observando o aumento no grau de toxicidade quando a dosagem for maior e por um período regular".

Fonte:

http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/paracetamol-em-excesso-expoe-pacientes-a-riscos

domingo, 22 de março de 2015

Medicamentos Referência, Genéricos, Similares: qual a diferença?


          Medicamentos são produtos farmacêuticos produzidos com rigoroso controle técnico e que auxiliam na prevenção e no tratamento das doenças. O mercado farmacêutico do país conta desde 2010 com três categorias de medicamentos: os remédios de marca ou referencia, os genéricos e os similares.

                                             
         

           Medicamento de marca ou referência

É o produto inovador, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente por ocasião do registro. É geralmente o primeiro remédio que surgiu para tratar determinada doença e sua marca é bem conhecida.Ex:Aspirina.
          
           Medicamento similar

 Contém o mesmo princípio ativo, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, mas não são bioequivalentes. Sendo assim, não podem substituir os remédios de marca na receita, pois apesar de terem qualidade assegurada pelo Ministério da Saúde, não passaram por análises capazes de atestar se seus efeitos no paciente são exatamente iguais aos dos medicamentos de referência nos quesitos quantidade absorvida e velocidade de absorção. Os medicamentos similares são identificados por um nome de marca, e apresentam características próprias diferindo dos demais medicamentos em tamanho, forma do produto, prazo de validade,embalagem e rotulagem.
 
   
        Medicamento genérico

É um remédio que pode substituir o produto de marca ou referência, pois têm rigorosamente as mesmas características e efeitos sobre o organismo do paciente. A garantia é dada pelo Ministério da Saúde que exige testes de bioequivalência farmacêutica para aprovar os genéricos. Os genéricos podem ser trocados pelos medicamentos de marca quando o médico não se opuser à substituição.
O medicamento genérico é mais barato porque os fabricantes de medicamentos genéricos não necessitam fazer investimentos em pesquisas para o seu desenvolvimento, visto que as formulações já estão definidas pelos medicamentos de referência. Outro motivo para os preços reduzidos dos genéricos diz respeito ao marketing. Os seus fabricantes não necessitam fazer propaganda, pois não há marca a ser divulgada.


Como diferenciar um remédio genérico de um similar?

Os medicamentos genéricos trazem na embalagem logo abaixo do nome do princípio ativo que identifica o produto a frase "medicamento genérico – Lei 9.787/99”. Os remédios similares que eram comercializados somente pelo nome do princípio ativo, estão obrigados a adotar uma marca comercial ou agregar à denominação do princípio ativo o nome do laboratório fabricante. 




                                     



Uso adequado

 Os medicamentos podem trazer riscos ao paciente se consumidos de forma errada. Por isso, não consuma medicamentos vencidos e embalagens velhas, nem cápsulas abertas, amolecidas ou endurecidas. Os comprimidos não devem ter farelos na embalagem ou manchas na superfície e só devem ser partidos com recomendação médica.
            Evite cremes e pomadas que apresentem mudança de consistência, bolhas, bolor ou água. Não tome soluções e xaropes com partículas sólidas no fundo do vidro ou presença de bolhas e bolor. Não use supositórios que estejam derretidos ou com rachaduras.
        Medicamentos em pó ou em suspensão não podem estar empedrados e devem se misturar facilmente com agitação. Não use quando houver formação de pasta ou placas em soluções e suspensões.
Todo medicamento deve ser guardado em locais seguros, arejados, secos e protegidos da luz; nunca em cima da geladeira, no banheiro, embaixo de pias ou próximo de materiais de limpeza; sempre longe do alcance de crianças e de animais domésticos.
      Siga sempre as orientações do médico quanto ao modo de usar e a dosagem, não faça automedicação.

  Novidade

A Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 58/2014, que resume-se como uma norma que estabelece os procedimentos para a intercambialidade entre medicamentos similares com os medicamentos de referência. Desde que já tenham comprovado equivalência farmacêutica com o medicamento de referência da categoria. De acordo com o proposto pela ANVISA, poderão declarar na bula que são substitutos ao de marca. 
Esta é uma excelente notícia para os consumidores que a partir de agora, assim como já acontecia com os genéricos, passarão também a contar com os medicamentos similares que serão mais uma opção aos de referência, sinaliza Renato Tamarozzi, diretor executivo da ABCFARMA. 
A mesma prescrição médica, que atualmente permite ao paciente adquirir medicamentos de referência e genérico, também poderá ser usada para a compra do similar. Essa medida deve ampliar a oferta de produtos a preços mais baratos para o consumidor e isso sempre é uma boa notícia que acaba impactando positivamente, completa o executivo.
Importante que se esclareça ao grande público que os medicamentos similares são aqueles que contêm os mesmos princípios ativos, com a mesma concentração, via de administração, posologia e indicação terapêutica, e que desde 2003 passaram a comprovar a equivalência com os produtos de referência.
Medida será válida a partir de 1º de janeiro de 2015 e a indústria terá 12 meses para fazer a alteração nas bulas.




Fontes:
- www.anvisa.gov.br; www.saude.gov.br; www.brasil.gov.br,
-https://ams.petrobras.com.br/portal/ams/beneficiario/medicamentos-de-marca-genericos-similares-qual-a-diferenca.htm
-Portal Nacional de Seguros e CRF-SP




domingo, 15 de março de 2015

Como funcionam as vacinas?

As vacinas agem estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos, que podem combater doenças infecciosas, tornando o indivíduo imune às mesmas.


1. Como funcionam as imunizações?

As imunizações têm como objetivo estimular o organismo a produzir anticorpos contra determinados microrganismos, principalmente bactérias e vírus. O nosso sistema imunológico cria anticorpos específicos sempre que entra em contato com algum corpo estranho. Ao entramos em contato com o vírus da rubéola, por exemplo, ficamos doentes apenas uma vez, pois o corpo produz anticorpos que impedem que o vírus volte a nos infectar no futuro.
            
A lógica da vacina é tentar estimular o organismo a produzir anticorpos sem que ele precise ter ficado doente antes. Tentamos apresentar ao sistema imune, a bactéria ou vírus de forma que haja produção de anticorpos, mas não haja desenvolvimento da doença.
                  
Geralmente uma vacina age apenas contra um único microrganismo. Por exemplo, a vacina contra o sarampo não protege o paciente contra catapora e vice-versa. Porém, já existem vacinas conjuntas, que são na verdade duas ou mais vacinas dadas em uma única administração, como a vacina tríplice viral, que é composta por três vacinas em uma única injeção: sarampo, rubéola e caxumba. O sistema imune é estimulado simultaneamente contra esses três vírus. Mas nem toda vacina pode ser dada em conjunto.


2. Tipos de vacinas e imunizações

Às vezes, basta expor o organismo à bactéria ou ao vírus mortos para haver produção de anticorpos e tornar o paciente imune a este microrganismo. Porém, nem todos os vírus ou bactérias mortos são capazes de estimular o sistema imune, fazendo com que tenhamos que buscar outras soluções para imunizar o paciente.

O grau de maturidade do sistema imunológico também é importante. O ideal seria podermos dar logo todas as vacinas ao recém-nascido. Infelizmente isso não funciona. O nosso sistema imune precisa de tempo para se desenvolver e ser capaz de gerar anticorpos quando estimulados pela vacinação.


Imunização ATIVA

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             > Vacinas inativadas
As vacinas inativadas são aquelas feitas com microrganismos mortos ou apenas partes deles. Estas são as mais seguras, porém costumam apresentar uma capacidade de imunização mais baixa, sendo necessárias mais de uma dose para criar uma proteção prolongada. Em alguns casos a imunização desaparece após alguns anos, sendo necessária a aplicação de doses de reforço.

Muitas vezes não é preciso expor o sistema imune a todo vírus ou bactéria. Em alguns casos, uma única proteína do microrganismo é tão diferente das nossas proteínas que é suficiente para o sistema imunológico reconhecê-la como algo estranho, produzindo anticorpos eficientes contra o invasor.

·         > Vacinas vivas atenuadas
      Há casos em que não conseguimos induzir a produção de anticorpos pelo sistema imune a não ser que o mesmo seja exposto ao germe vivo. Neste caso, a opção é manter o vírus ou bactérias vivos, mas atenuados, ou seja, fracos o suficiente para não conseguirem causar sintomas relevantes.
              
As vacinas com microrganismos vivos são seguras em pacientes sadios, mas não devem ser dadas a pessoas com deficiência no sistema imune, como transplantados, pacientes com AIDS, pacientes em uso de drogas imunossupressoras ou pacientes em quimioterapia. Este grupo apresenta elevado risco de desenvolver a doença se tomarem a vacina. As grávidas também não podem tomar vacinas com vírus vivos, pois há riscos de infecção do feto e complicações da gestação.
             
Como as vacinas com microrganismos vivos são o que há de mais próximo com uma infecção real, elas costumam ser os melhores estimulantes para a produção de anticorpos pelo sistema imune. Este tipo de vacina costuma utilizar apenas uma ou duas doses e produz uma imunização por muitos anos, às vezes para o resto da vida.



·         > Toxoides
Algumas vezes o que causa doença não é a bactéria em si, mas sim algumas toxinas que a mesma produz. Neste caso, a vacina não precisa ser direcionada contra a bactéria, basta que o sistema imune consiga ter anticorpos contra as toxinas.
            
Os toxoides são vacinas feitas com toxinas modificadas, incapazes de causar doença. Eles também costumam gerar uma imunização fraca, necessitando de reforço após alguns anos.

Exemplos de vacinas com toxoides: Tétano e Difteria.



Imunização PASSIVA


·          > Imunoglobulinas
As imunoglobulinas são um tipo de imunização diferente das vacinas, pois elas próprias já são os anticorpos. Diferentemente das vacinas, que induzem o sistema imune a produzir anticorpos.
           
Quando exposto a determinado microrganismos, o sistema imune pode levar algumas semanas para produzir anticorpos em quantidade adequada para combatê-lo. Em alguns casos, a doença é tão agressiva que não temos tempo de esperar a produção destes anticorpos. Assim surge a necessidade de usarmos as imunoglobulinas, que são anticorpos previamente formados por outras pessoas ou animais. Pegamos anticorpos já formados por outros e administramos no paciente, havendo imediato combate à infecção.
            
As imunoglobulinas causam uma imunização curta, suficiente apenas para tratar a infecção. O paciente não fica imunizado por tempo prolongado, sendo necessária a administração de uma vacina após o controle da doença. Por exemplo, um profissional de saúde não vacinado contra a hepatite B que acidentalmente se fure com uma agulha infectada precisa tomar a imunoglobulina e a vacina para não se infectar. A imunoglobulina impedirá a infecção atual enquanto que a vacina servirá, neste caso particular, apenas para preveni-lo de futuras contaminações.

Exemplos de doenças que podem ser tratadas com imunoglobulinas (anticorpos): Catapora, Difteria, Hepatite B, Raiva, Sarampo e Tétano.


3. Tomar a mesma vacina mais de uma vez faz mal?

Muitas pessoas ficam confusas quando perdem o cartão de vacinação, pois têm medo de tomar uma vacina que já tenha sido administrada no passado. Não há nenhum problema em repetir vacinas. Muitas delas, aliás, precisam ser reforçadas de tempos em tempos, como as vacinas para tétano, febre amarela e difteria, que perdem efeito após 10 anos.
            
Se houver dúvida quanto a imunização prévia em relação a uma doença, o melhor é vacinar. Se o paciente já tiver tomado a vacina anteriormente, isso não fará mal. Pior é deixar o paciente não imunizado e exposto à infecção.
             
ÚNICO CUIDADO que se deve ter é não administrar a mesma vacina com intervalos de poucos dias, principalmente se for vacina com microrganismos vivos, pois não há aumento da eficácia e o risco de efeitos colaterais fica muito elevado.



http://www.minutofarmacia.com.br/postagens/2015/03/01/como-funcionam-as-vacinas/

domingo, 8 de março de 2015

Anticoncepcionais x Antibióticos

Uma dúvida que ronda a cabeça de todas as mulheres quando o assunto é antibiótico é: ele corta ou não o efeito da pílula anticoncepcional? Isso é mito ou verdade?

O anticoncepcional oral, popularmente conhecido como pílula anticoncepcional, é um método de controle de natalidade muito difundido, usado em larga escala pela população feminina há várias décadas. Se usado corretamente, sua taxa de sucesso chega aos 99,9%. Entretanto, na vida real, quase 8% das mulheres que usam anticoncepcionais acabam engravidando, devido a erros no modo de tomar o medicamento.
Além da forma correta de tomar o anticoncepcional, é importante ter em mente que algumas drogas interagem com a pílula, modificando seus efeitos e sua eficácia.


Sim, o antibiótico diminui a eficácia da pílula. Isso acontece porque o antibiótico corta boa parte dos hormônios presentes nas pílulas anticoncepcionais.
“Antibióticos para o tratamento de tuberculose, por exemplo, diminuem a eficácia do anticoncepcional”, diz o médico ginecologista Nilson Roberto de Melo - Está comprovada a ineficácia do anticoncepcional com o uso desses medicamentos. 

Esse efeito do antibiótico sobre as pílulas ocorre principalmente quando o medicamento destrói as bactérias que fazem as reações enzimáticas, que são responsáveis por estimular a liberação e ativação do hormônio estrogênio.
Melo lembra que o antibiótico não corta 100% o efeito da pílula anticoncepcional, mas é bom sempre ficar atento e consultar o médico. “Se for tomar o antibiótico por pouco tempo, a mulher precisa usar outros métodos contraceptivos. Caso o tratamento seja longo, o ideal é pedir para aumentar a dose da pílula.”
A assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia Amouni Mourad explica que quando os dois medicamentos atuam juntos, um acelera o movimento do outro. “Quando isso acontece, o anticoncepcional pode ficar menos tempo disponível no corpo.”

Amouni diz que a ação depende do organismo, mas que o risco de engravidar tomando anticoncepcional e antibiótico ao mesmo tempo é grande. “O conselho que posso dar é: se previna. Nesse tempo que estiver tomando o antibiótico, não interrompa a pílula e use camisinha.”


E atenção: anticonvulsivantes e antidepressivos também podem diminuir a eficácia da pílula anticoncepcional.


Acesse o vídeo que se encontra na página do Bem Estar para saber um pouco mais do assunto!
Está muito interessante!

http://g1.globo.com/bemestar/videos/t/edicoes/v/antibioticos-podem-cortar-efeito-dos-anticoncepcionais/2864468/