A
metformina é um medicamento de diabetes oral que ajuda a diminuir os níveis de
açúcar no sangue. É utilizada no tratamento de pessoas portadoras do diabetes
tipo 2. Por vezes pode ser utilizada em combinação com insulina ou outros
medicamentos, mas não é para o tratamento de diabetes de tipo 1.

Mecanismo de ação
Grupo
farmacoterapêutico: antidiabético
A metformina (dimetilbiguanida) é um agente antidiabético de uso oral,
derivado da guanidina. Ao contrário das sulfamidas, a metformina não estimula a
secreção de insulina, não tendo, por isso, ação hipoglicemiante em pessoas não
diabéticas.
A
metformina reduz a hiperglicemia através de:
-
aumento da sensibilidade periférica à insulina e da utilização celular da
glicose;
-
inibição da gliconeogênese hepática;
-
retardo na absorção intestinal da glicose.
Possui
como reações adversas mais comuns:
ü Desconforto
abdominal ou de estômago
ü Tosse ou rouquidão
ü Diminuição do
apetite
ü Diarréia
ü Respiração rápida
ü Febre ou calafrios
ü Sensação geral de
mal-estar
ü Sonolência
ü Acidez estomacal
ü Sensação de
plenitude
ü Indigestão
ü Perda de apetite
ü Perda de peso
Possui
como reações adversas menos comum
ü Ansiedade
ü Visão embaçada
ü Desconforto no
peito
ü Suor frio
ü Pele fria, pálida
ü Depressão
ü Tontura
ü Sensação de calor
ü Dor de cabeça
ü Aumento da
sudorese
ü Náusea
ü Nervosismo
ü Falta de ar
ü Aperto no peito
ü Cansaço ou
fraqueza
Uma reação
não muito comum, mas de alta gravidade, que pode ocorrer com o uso da
metformina é a acidose láctica, causada
por um acúmulo de ácido láctico no sangue, e é mais provável de ocorrer se o
paciente possui doença renal ou hepática, insuficiência cardíaca congestiva
aguda ou instável, desidratação, ou uma ingestão excessiva de álcool. Isso leva
à acidificação do sangue (acidose – diminuição do pH sanguíneo).
Posologia
A dose inicial é 500 mg, por via oral, duas vezes por dia ou 850 mg uma vez ao dia.
Para melhorar o controle glicêmico em adultos com diabetes mellitus tipo 2 é necessário dieta e exercícios.
Algumas
interações medicamentosas.
Metformina ↔ Claritromicina (antibiótico do grupo dos macrolídios
utilizados em infecções das vias áreas superiores e inferiores, além de
infecções de pele).
Usando
Claritromicina junto com insulina e outros medicamentos para diabetes, pode
levar a um quadro de hipoglicemia ou aumento do açúcar no sangue. Os sintomas
de hipoglicemia incluem dor de cabeça, tontura, sonolência, nervosismo,
confusão, tremor, náuseas, fome, fraqueza, transpiração, palpitação e
taquicardia.
Metformina ↔ Bisoprolol (utilizado na
hipertensão e angina do peito).
Os
beta-bloqueadores, como bisoprolol podem aumentar o risco, gravidade e / ou
duração da hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue) em doentes que receberam
metformina e alguns outros medicamentos antidiabéticos. Além disso, os
beta-bloqueadores podem mascarar alguns dos sintomas de hipoglicemia, tais como
tremor, palpitações e taquicardia, tornando-o mais difícil de reconhecer um
episódio que se aproxima.
Metformina ↔ Captopril (anti-hipertensivo
inibidor da enzina conversora de angiotensina)
Usando
captopril juntamente com metformina pode aumentar os efeitos da metformina na
redução de açúcar no sangue. Isso poderia fazer com que os níveis de açúcar no
sangue fiquem demasiadamente baixos.
Metformina ↔ Hidroclorotiazida (diurético que
apresenta leve efeito anti-hipertensivo, atuando diretamente sobre os rins, no mecanismo de reabsorção de
eletrólitos, aumentando a excreção de sódio e cloreto, consequentemente, de água)
Pode
aumentar os níveis de açúcar no sangue e interferir no controle diabético. Pode
ser necessário um ajuste de dose ou uma monitorização mais frequente do açúcar
no sangue para usar com segurança os dois medicamentos. Devido aos seus efeitos
sobre os rins, a hidroclorotiazida pode também aumentar o risco de uma condição
rara, mas grave e potencialmente fatal, conhecida como acidose láctica que pode
ocorrer.
Metformina ↔ Nifedipina (indicado no
tratamento de pressão alta e angina do peito,
sendo antagonista do cálcio,
dilatando assim os vasos sanguíneos, diminuindo a resistência à passagem do
sangue, o que proporciona uma diminuição da pressão.
Usando
nifedipina juntamente com metformina pode aumentar os efeitos da metformina, o
que pode levar a acidose láctica.
Todos os pacientes tratados com metformina
deve ter a função renal monitorizada regularmente. Em
caso de insuficiência renal, a meia- vida da metformina é aumentada, expondo a
risco de acumulação.
A
metformina pode interferir também com a vitamina B12 (cianocobalamina), ocorrendo
um decréscimo para níveis subnormais de níveis normais anteriormente, no soro,
em aproximadamente 7% dos doentes tratados com metformina, durante os ensaios
clínicos controlados. Embora a diminuição é geralmente bem tolerada e raramente
associada a manifestações clínicas como anemia megaloblástica, deve ser
garantido cuidado quando a terapia de metformina é administrada em pacientes
com deficiência de vitamina B12 preexistente. A suplementação com vitamina B12,
bem como medições anuais de parâmetros hematológicos pode ser apropriado.

Você sabia que quando você toma um medicamento e tem uma reação adversa (uma resposta indesejada do seu corpo ao medicamento) você deve notificar, ou seja, comunicar a ANVISA ou a um Centro de Farmacovigilância?
Essa atitude é muito importante, pois a indústria que produz o remédio vai passar a ter conhecimento do que este está causando no paciente, e se irá retirar o medicamento do mercado ou não, caso o número de reações estejam aumentando (o que mostra que ele está causando mal a nós e não resolvendo nosso problema de saúde).
O mesmo deve ser feito quando você compra, por exemplo, uma caixinha de medicamentos e um deles vem quebrado ou com uma cor diferente.
Conheça o CEFAL (Centro de Farmacovigilância da Universidade Federal de Alfenas) e um pouco mais sobre a notificação.
Notifique!
Fonte da pesquisa: Drugs
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