domingo, 8 de novembro de 2015

Vacina que poderá eliminar vício em cigarro é testada em humanos

Fumantes poderão no futuro ser vacinados para que deixem de sentir prazer com o cigarro. Uma vacina que leva o organismo a produzir anticorpos contra a nicotina, uma das substâncias presentes no cigarro que provoca sensação de prazer e dependência, já está sendo testada em 275 pessoas, com idades entre 18 e 60 anos, no Canadá. A pesquisa, que está sendo desenvolvida pela farmacêutica Pfizer, começou em 2012 e já teve sucesso em roedores. Não há previsão de término do estudo e lançamento no mercado.


A vacina tem como objetivo estimular o sistema imunológico e criar anticorpos contra a nicotina, de acordo com a diretora médica de vacinas da América Latina e Canadá da Pfizer, Jéssica Presa.

— A ideia é que esses anticorpos "grudem" na nicotina e, como se tornarão uma única molécula "grande", não conseguirão ultrapassar a barreira hematoencefálica. Assim, a nicotina não chegará ao cérebro e a pessoa não irá obter a sensação de prazer com o cigarro.

Uma das 7.000 substâncias inaladas pelo fumante em uma tragada, a nicotina que provoca dependência e sensação de prazer, conforme explica a cardiologista Jaqueline Issa, diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor (Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo).


— Nós temos vários receptores espalhados pelo corpo e cérebro e a nicotina tem afinidade com eles. Na área do cérebro responsável pelo prazer, há uma grande concentração. Quando o indivíduo fuma, a nicotina entra nesse circuito, ocupa o espaço e a sensação de prazer é amplificada. Em situações adversas, como estresse e ansiedade, por exemplo, a pessoa fuma para atenuar sensações desagradáveis. Então, ela aprende a usar o cigarro no prazer e na dor. Por isso, há legiões de fumantes, pois entre 7 a 10 segundos a pessoa já sente prazer.

Além de ajudar na possibilidade de reduzir ou eliminar o vício do cigarro, novas doses da vacina fariam o corpo continuar produzindo mais anticorpos por conta própria, e isso contribuiria para impedir recaídas. De acordo com a diretora da Pfizer, a vacina seria destinada a pessoas que são viciadas no tabaco e têm o desejo de parar de fumar.


Na opinião da cardiologista do Incor, a imunização "seria mais atrativa no aspecto preventivo do que como tratamento".

— Na medida em que a vacina faz um bloqueio da nicotina, a pessoa passa pelo processo de abstinência, que provoca sintomas como irritabilidade, falta de concentração, fome excessiva e ansiedade. Essa situação poderia ser tratada de outra forma, com medicação por exemplo. Então, a princípio, o ideal seria vacinar pacientes que já pararam de fumar para evitar a recaída, já que mais de 50% das pessoas que param de fumar acabam voltando. E também grupos de riscos, como filhos de fumantes e pessoas de classes sociais mais baixas, para que não caiam no vício.


A Pfizer informou que o estudo clínico da vacina anti-tabaco está em estágios iniciais (fase 1) e deverá ser concluído em dezembro desse ano. Nessa etapa, são avaliadas a segurança, a tolerabilidade, a imunogenicidade (capacidade de dar resposta imunológica) e mensuração de dose em adultos.

Essa não é a primeira vez que um laboratório tenta fabricar uma fórmula contra o vício do cigarro. Jaqueline explica que outros estudos não foram para frente, "pois os anticorpos não tinham durabilidade suficiente".

— Os pacientes então teriam que ser revacinados com frequência e isso seria inviável até mesmo financeiramente. Desde 2006 fala-se em método terapêutico contra o vício no tabaco. Esperamos que a nova pesquisa consiga reverter esse problema técnico.
Atualmente, não há nenhuma vacina que reduza ou elimine o vício em cigarro. Mas, na visão do infectologista e vice-presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato Kfouri, a ciência avançou muito no conhecimento sobre agentes infecciosos, suas formas de reprodução e os hospedeiros. Agora, o grande desafio é conhecer melhor o desenvolvimento molecular para controlar as doenças não infecciosas.

— Quando falamos em genoma humano, é algo de grande complexidade. É necessário conhecer os marcadores de quem vai ter obesidade, câncer e até dependências de drogas e álcool. Muitas dessas doenças não são exclusivamente cromossômicas, já que também se consideram os fatores ambientais, mas conhecendo seus mecanismos será possível se antecipar e assim prevenir. O desenvolvimento de vacinas para doenças não infecciosas é questão de tempo.
Segundo Kfouri, a ciência está evoluindo a passos largos e, em alguns anos, será possível imunizar as pessoas também contra doenças não infecciosas.


— Estamos caminhando nesse sentido, não apenas contra o tabaco, mas contra obesidade e até mesmo o câncer. Acredito que daqui alguns anos poderemos ter novidades em termos de aplicação prática.

1 comentário:

  1. Foi a primeira vez que minha neta veio até mim e confidenciou sobre sua batalha contra o herpes oral e genital e seus pensamentos autodestrutivos.

    Um vácuo enorme de medo e amor se abriu dentro de mim. Eu sabia o que era para ela estar em tal situação. Mas depois de ouvir como alguém que eu amo tanto lutou, não tenho opção a não ser prometer ajuda a ela. Eu queria ajudar de todas as maneiras possíveis. Procurei o conselho de uma enfermeira velha e experiente que conheci por lidar com ervas naturais porque acreditava na natureza. Depois de ouvir de mim, ela sorriu e antes que eu pudesse dizer outra palavra, ela respondeu que há cura, mas ervas naturais. Eu não me importo, contanto que meu filho esteja curado! Eu gritei. Ela me contou sobre um médico na África que curou pessoas do herpes. Ela me deu o e-mail dele drutuherbalcure@gmail.com, entrei em contato com ele imediatamente e pedi um remédio para meu filho, que ele me enviou pelo correio da UPS. Minha filha começou a tomar medicação e no dia seguinte suas feridas na boca estavam curando fisicamente e ela me disse que estava funcionando e em quatro semanas ela testemunhou para mim que ela estava curada! Sempre acreditei que a natureza tem cura para qualquer doença e fico feliz em dizer a todos que meu filho está curado.

    Seis meses depois, fizemos outro teste para ter certeza e aqui está o resultado,

    Seis meses após a medicação;

    Resultados do teste de hsv1 e 2;

    Igm - 1,49

    IgG - 0,36

    Ela não teve nenhum sintoma de novo e mudou-se felizmente e agora está em um relacionamento sério com sua noiva

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